O índice de confiança do agronegócio brasileiro (IC Agro) atingiu, de forma recorde, todos os elos da cadeia desde que começou a ser medido em 2013, encerrando o 4º trimestre de 2018 com 115,8 pontos, o que representa uma alta de 15,4 pontos sobre o 3º trimestre. De acordo com a metodologia do levantamento, uma pontuação acima do nível 100 representa otimismo, e quando fica abaixo disso, indica pessimismo.

O indicador, que é medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), inclui os agricultores, pecuaristas e indústrias antes e depois da porteira. Segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, esse resultado reflete a confiança do agronegócio na recuperação e estabilização da economia brasileira.

“Foi possível constatar, de fato, um sentimento de euforia. As entrevistas foram realizadas no final de novembro e início de dezembro, pouco depois das eleições presidenciais – e a vitória de Jair Bolsonaro alimentou a expectativa de um novo ciclo de crescimento econômico e de um ambiente de negócios mais favorável a partir de uma agenda de reformas estruturais”, comenta.

O índice de confiança do produtor agropecuário (agrícola e pecuário) teve alta de 12,1 pontos, para 113,8 pontos e o dos produtores agrícolas atingiu 115,2 pontos, avanço de 9,2 pontos. Para Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a agenda iniciada pelo novo governo é um fator fundamental para o resultado positivo, mas a queda na produtividade pode trazer problemas.

“Por isso, para o próximo trimestre, consideramos alguma retração na confiança advinda da quebra de safra em importantes regiões produtivas como o Paraná e o Mato Grosso do Sul e de um possível aumento nos custos de produção para a safra 2019/2020”, conclui.

Fonte: Agrolink/ Leoinardo Gottems