A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) defendeu em audiência pública do Ministério de Minas e Energia realizada na última sexta-feira  (21/09), o aumento da mistura de 11% do biodiesel (B11) em 2019, com elevação gradual até 15% (B15), em 2023.

Para o gerente de economia da entidade, Daniel Furlan Amaral, o biodiesel trará benefícios para diversos setores. “O projeto de resolução contribui de forma positiva para o crescimento e fortalecimento da cadeia produtiva do biodiesel”, comenta. “Além disso, o cronograma trará segurança ao investidor do setor, o que incentivará a produção do biodiesel, agregará valor ao grão, gerará empregos e reduzirá as emissões de gases estufa”.

Vicente Pimenta, consultor técnico da ABIOVE, também participou da audiência pública e mostrou que, até o momento, não foi constatado nenhum problema relacionado ao biodiesel no conjunto de testes que validam misturas até 15% de biodiesel.

A ABIOVE apoia a proposta do MME de estabelecimento de um limite inferior de crescimento da mistura com o B11 em março de 2019 e crescimento gradual até o B15 em 2023, com um limite superior no qual pode ocorrer aumento de até 2 p.p. no mesmo ano, desde que atendidos requisitos de capacidade e preço.

Contudo, na impossibilidade de aplicar nacionalmente o limite superior, a ABIOVE sugere que sejam avaliadas as condições para sua aplicação regional.

Nos dois casos, no entanto, a ABIOVE considera que os preços do biodiesel relativamente aos do óleo diesel não devem ser o critério preponderante para decisão de aumento da mistura, pois o biodiesel possui pontos favoráveis não incorporados ao preço, como a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa e a melhoria da qualidade do ar nas cidades.

Fonte: ABIOVE