Uma das poucas ações que ainda estavam em baixa no Ibovespa no ano, a BRF (BRFS3) passou finalmente a registrar ganhos no acumulado de 2019. E o responsável por essa euforia foi justamente uma má notícia – para a China.

O gigante asiático está enfrentando um surto de peste suína africana, com recentes dados mostrando que ela pode ser três vezes maior do que o estimado previamente. Isso pode diminuir a produção de carne de porco em cerca de 20%, o que gera previsões de uma verdadeira quebra na criação de porcos no país, uma vez que os próprios produtores aceleraram o abate desde o final do ano passado para prevenir a contaminação, além de não fazer a reposição dos seus rebanhos.

Os números oficiais acabaram confirmando essa tendência: o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais informou que o rebanho de suínos da China recuou 16,6% em fevereiro em relação ao ano anterior.

Nesse cenário, os analistas de mercado acreditam que os frigoríficos brasileiros podem se beneficiar em diversas frentes em meio à “disrupção” do comércio de carnes mundial. Em primeiro lugar, o mercado de suínos na China é bastante significativo, correspondendo a 73% do total de consumo de proteínas no país, além de corresponder à metade da produção e do consumo mundial.
Saiba mais

Fonte:  InfoMoney