A Pfizer Brasil informou nesta quarta-feira que, após esclarecimentos feitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em reunião mais cedo, a empresa entendeu que há possibilidade de o órgão regulador “modular” pontos específicos para adoção emergencial da vacina contra Covid-19, o que possibilitaria “uma maior agilidade na submissão desse tipo de processo”.

“Pfizer e Anvisa realizaram hoje uma positiva reunião para tratar de pontos relacionados ao processo de submissão de uso emergencial e submissão contínua de vacinas contra a Covid-19”, disse a farmacêutica.

“Ao longo do encontro, e diante dos esclarecimentos feitos pela Agência, a empresa entendeu que há a possibilidade de a Anvisa modular pontos específicos do Guia de Submissão para Uso Emergencial, possibilitando uma maior agilidade na submissão desse tipo de processo”, emendou.

Procurada, a Anvisa não se manifestou de imediato aos pedidos de comentário sobre a manifestação da Pfizer.

A empresa informou ainda que uma nova reunião técnica será realizada e, com base nessa discussão adicional e no andamento das negociações com o governo, a Pfizer irá avaliar a possibilidade de solicitar o uso emergencial.

“Em paralelo, a companhia continuará dando andamento ao processo de submissão contínua junto à Agência, em busca de uma rápida aprovação do registro de sua vacina”, concluiu.

Na véspera, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que não podia “pegar a Pfizer pelo braço” para que o laboratório faça pedido na Anvisa de autorização para uso de sua vacina contra Covid-19, e afirmou que o governo só assinará com a empresa após aprovação regulatória, ampliando o impasse com farmacêutica para a compra do imunizante.

A Pfizer no Brasil já declarou estar tendo dificuldades em cumprir as exigências da Anvisa a fim de pedir o uso emergencial da vacina no país, o que tem contribuído para um atraso para o início da vacinação.

Até o momento, nenhum laboratório pediu registro de vacina na Anvisa para uso emergencial ou regular.

Fonte: Reuters