Em 2017, o agronegócio brasileiro impulsionou o crescimento do PIB nacional (que registrou alta de 1%) e ajudou no controle da inflação. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o PIB-volume do agronegócio brasileiro cresceu 7,6% no ano passado.

Novamente, o ramo agrícola é que deu impulso para o PIB-volume, visto que registrou aumento de 9,2% em 2017. Para o ramo pecuário, o crescimento foi de 3,8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, investimentos e clima favorável elevaram a produtividade no campo e contribuíram para o excepcional desempenho da produção agrícola brasileira.

É importante destacar, no entanto, que a elevada produção não se refletiu em expansão da renda dos agentes envolvidos no agronegócio. Ao contrário, a pressão baixista da média de preços reais de produtos do agronegócio acabou suprimindo a evolução significativa em volume de produção e o PIB-renda do setor recuou 4,6% em 2017. O movimento de baixa da renda foi verificado em todos os segmentos que compõem o agronegócio.

Segundo pesquisadores do Cepea, de maneira geral, o cenário de preços em queda refletiu a oferta recorde de produtos agropecuários, preços internacionais baixos, apreciação real da taxa de câmbio ao longo de 2017 e demanda interna ainda enfraquecida com efeitos da crise econômica brasileira.

Produzindo mais a menores preços, o agronegócio favoreceu a economia e a sociedade como um todo, à medida que elevou a oferta, contribuindo com um maior abastecimento, com a geração de divisas e com o controle da inflação. Confira o relatório completo.

Fonte: Cepea