Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil. De janeiro a setembro de 2019, o Estado exportou 299,1 mil toneladas do produto, uma alta de 18% em relação ao ano anterior. Consequentemente, toda essa produção proporciona grandes quantidades de dejetos distribuídos no solo e em muitas propriedades a distância a ser distribuída é longa e não viabiliza economicamente o produtor, gerando despesas ao invés de lucro. Esse tema será debatido durante o I Fórum Agro Sem Fronteiras, que tem como correalização do Sebrae/SC.

Para quem não sabe, os dejetos suínos em função de suas características químicas, têm um alto potencial fertilizante, podendo substituir em parte ou totalmente a adubação química e contribuir, significativamente, para o aumento da produtividade das culturas e a redução dos custos de produção. Tendo em vista isso, o Paraguai tem grande interesse em comprar esses dejetos para utilizar em sua produção agrícola.

Conforme explica o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, atualmente já existem tecnologias de peneiras e prensas que separam o dejeto líquido do sólido, para que o produto seja classificado e vendido como um adubo orgânico seco. “Esse é um tipo de produção que pretendemos desenvolver no Estado para exportar para o Paraguai. Estamos em fase de diálogo para a construção de uma indústria de produção de fertilizantes a partir de dejetos suínos. É um projeto que precisa de planejamento e espaço, mas que pode agregar valor à nossa economia”, comenta.

Lorenzi também pontua que foi solicitado ao país vizinho o número de insumos que utilizam e qual a demanda deste produto, para que em troca seja calculado a demanda de grãos que Santa Catarina precisa, pensando na viabilidade econômica entre a Rota do Milho e demais trocas que podem ser realizadas entre os países.

Além disso, para falar sobre essa troca e a integração entre os três países do Mercosul, Lorenzi ministrará sobre “Desafios da Integração, Infraestrutura, Políticas de Integração, Logística e Conexões Fronteiriças”. Segundo ele, os principais problemas enfrentados são a burocracia e a política brasileira, que dificultam a passagem fronteiriça dos caminhões. A palestra acontecerá no dia 11 de novembro, a partir das 16h10.

Para discutir essa integração entre a Argentina, Paraguai e Brasil, o I Fórum Agro Sem Fronteiras reunirá mais de 400 profissionais do setor. O evento acontece entre os dias 11 e 12 de novembro, no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, Santa Catarina.

O evento será realizado pelo Bloco Regional de Intendentes, prefeitos, alcaldes e empresários do Mercosul (BRIPAEM), pelo Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para a Região Oeste, com correalização do Sebrae/SC e da Unoesc Chapecó e com patrocínio do BRDE. A organização é da Revista Setor Agro&Negócios.

A inscrição para participar do I Fórum Agro Sem Fronteiras pode ser realizada no site da Revista Setor Agro&Negócios, de forma gratuita. Empresários, cooperativistas, estudantes, agentes públicos, representantes das principais cadeias produtivas do agronegócio, especialistas em logística e interessados no assunto tem o prazo para se inscrever até o dia 10 de novembro.

Acesse e garanta a sua participação: http://setoragroenegocios.com.br/forumdoagro

Fonte: MB Comunicação