Setor vive um bom ano depois de meses de prejuízo e se prepara para a PorkExpo 2020, em Foz do Iguaçu, para debater o tema ‘2021 – O início de uma nova década de inovações para a suinocultura’

 Os altos e baixos do ciclo de produção, preços e comercialização da carne suína sempre atormentaram os produtores, normalmente a cada dois anos. Mas o que ocorreu nos últimos 24 meses no Brasil foi um teste ainda mais duro teste para os suinocultores do país. Em 2017 e 2018, uma crise sem precedentes, marcada pela escalada de preços de insumos e grãos, além de consumo em declínio e valores historicamente baixos pagos pela proteína.

No ano passado, a Peste Suína Africana (PSA) avançou sobre os países do Sudoeste da Ásia e chegou com força a China, maior produtor e consumidor da carne, potência que devora quase 55 milhões de toneladas por ano. Não existe um só número considerado preciso sobre a quantidade de matrizes e suínos abatidos. Certamente, passam das dezenas de milhões. Um baque inigualável no mercado internacional, com reflexos sobre os segmento de avicultura, carne bovina e pescados.

E os especialistas garantem que é um movimento que vai permanecer com a mesma intensidade em 2020. “Pelo menos dois dos fatores que impulsionaram os preços das carnes em 2019 devem permanecer. Falta de proteína animal na China e o custo de produção. Logo, o cenário é de preços pressionados de novo”, analisou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. Opinião compartilhada por dois profissionais do estado que faturou quase 60% do que embarcou no ano inteiro apenas para dois compradores, China e Hong Kong. “A China deve continuar aumentando suas importações. E temos condições de atender parte dessa demanda adicional por causa de nossa competitividade e boas condições sanitárias”, justificou o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola de Santa Catarina (Epagri/Cepa), Alexandre Gieh. “O país vive um momento muito delicado e deverá aumentar as importações de carne ao longo dos próximos meses, certamente”, opinou o secretário da Agricultura, Pesca e do Desenvolvimento Rural do Estado, Ricardo de Gouvêa.

É um sinal positivo para quem sofreu bastante e durante um longo período. 2019 fechou com um crescimento de 2,5% na produção, em torno de 4,1 milhões de toneladas, e exportação perto de 740 mil toneladas, quase 15% a mais do que o ano anterior. Mercado fervendo nas carnes suína, bovina e de frango, no Brasil e exterior. Os chineses foram às compras devido às perdas com carne suína e levaram mais da metade do produzido nas granjas daqui. Além disso, a arroba da proteína bovina brasileira deu um salto gigantesco no fim do ano, puxando a valorização de frango e ovos.

Para completar o quadro, o câmbio seguiu no mesmo ritmo, com o dólar batendo recorde de cotações. O ano ainda foi marcado pela habilitação intensa de mais plantas frigoríficas e novos mercados. Em suinocultura, foram seis novas unidades pela China (completando um total de 16), entrada da Moldávia e reabertura da Rússia. O preço do suíno CIF (Scot Consultoria) chegou a R$ 120 a arroba. A carcaça especial atingiu R$ 10,20 o quilo. Nos três estados do Sul, os valores foram quase o dobro do fim de 2018.

Os valores nominais de todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea – USP) atingiram recordes em dezessete anos. Dentre os cortes, os que registraram as maiores valorizações de 2018 para 2019 foram a paleta desossada, o pernil com osso e lombo. E as festas de fim de ano, data máxima de valorização, ajudou ainda mais a fechar o ano com ótimos resultados.

O panorama foi relativizado pelo presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior. “O ano não foi inteiramente assim em termos de preço e custo. No segundo semestre, os preços atingiram patamares nunca vistos, mas a rentabilidade foi prejudicada devido a altas nos preços de milho e farelo de soja. E o câmbio também prejudicou porque grande parte dos custos são com alimentação e medicamentos, que são dolarizados”, analisou. Porém, ele pondera que, nos primeiros dias de 2020, haverá menor oferta da carne, o que combina com o consumo reduzido do período. “Esse ajuste de menores consumo e oferta pode afetar os preços. Penso que o setor deva manter a cautela. O que ditará o comportamento da suinocultura brasileira será o mercado externo. E o nível de exportação que vamos ter pode manter os preços bastante aquecidos. O Brasil exporta de 18% a 20% de toda a carne que produz. A expectativa é de que em 2020 se atinja algo entre 25% e 28%”, complementou.

Os prognósticos seguem esses passos. Segundo a ABPA, a produção de carne suína do Brasil em 2020 deve crescer de 3 a 4%, atingindo 4,2 milhões de toneladas. Nas vendas externas, a previsão é de um salto de até 20%, passando a 900 mil toneladas. É mais um ano que coincide com a realização do maior evento de Suinocultura do Brasil, a “PorkExpo & Congresso Internacional de Suinocultura”, que entra na décima edição e vai reunir, nos dias 21 e 22 de outubro, em Foz do Iguaçu, milhares de profissionais de todo o mundo ligados à produção da carne mais consumida no planeta. Eles vão discutir o futuro do segmento dentro do tema proposto pelo evento neste ano: 2021 – O INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA DE INOVAÇÕES PARA A SUINOCULTURA.

Mas a Pork traz mais: troca de experiências, relacionamento, inspiração, marketing, lançamento de novas tecnologias, feira de negócios, reuniões técnicas de empresas, mostra de trabalhos científicos, homenagem aos melhores, chopada nos estandes e ações de marketing da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

Várias empresas já garantiram presença na Feira de Negócios, como Avioeste, Sta, Jacto, Tonisity, Crystal Spring, Yes, Vaccinar, Suinorte, Ordemilk, Fair Tek, Equittec, Maxico, Maxsui, Vetoquinol, Vetanco, Microvet, Lallemand, MS Schippers, Polinutri, Roboagro, GX do Brasil, OPP Group, Forluz,  Maxsui, Lero Agro, Nuttria, Trouw Nutrition, MSD Nutrição Animal, Agromarau GSI, Boehringer Ingelheim, Alltech, Ceva, De Heus, , Bayer, Plasson, NTC, Farenzena, Choice e Big Dutchman. Todas de olho na recuperação sustentável do segmento. “Depois de vários meses de prejuízos, o produtor voltou a ter margens positivas, mesmo que à custa de uma enfermidade, o que não agrada nenhum suinocultor. É hora de arregaçar as mangas e trabalhar ainda mais pela carne do amanhã, que é a nossa missão. Esperamos que todos tenham um excelente ano e marquem presença em Foz do Iguaçu, para falarmos sobre tecnologia, qualidade, eficência, produtividade e negócios que tenham sustentabilidade e levem saúde para famílias brasileiras e do exterior”, convocou Flávia Roppa, Idealizadora e Presidente do evento.

PORKEXPO 2020 & X CONGRESSO INTERNACIONAL DE SUINOCULTURA

# Dias 21 e 22 de outubro de 2020 | Recanto Cataratas Thermas Resort | Foz do Iguaçu (PR)
# Telefone para contato comercial: (19) 991110251 – Graziela Ricci |
Flavia pelo what’s app +1 (321) 987-0512
# Face: PorkExpo
# Instagram: porkexpobrasil
# E-mail: grazziela@porkexpo.com.br

Fonte: Assessoria de Imprensa