A alta dos preços na semana passada em função do reabastecimento do varejo não se repetiu. Nos últimos sete dias, na média de todos os cortes pesquisados no atacado, os preços ficaram inalterados.

Mesmo com o fornecimento de matéria-prima irregular, o consumo tem limitado a força para altas do preço da carne. Quanto ao índices de consumo, são observados cenários diversos.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 1,7 ponto em relação a agosto e alcançou os mesmos patamares observados em junho, quando os abalos da greve dos caminhoneiros ainda eram sentidos pela população. Por outro lado, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aumentou 1,5% em setembro, frente a agosto.

Outro ponto positivo é que pelo segundo mês consecutivo houve recorde em volume de carne bovina in natura exportado. Foram embarcadas 150,7 mil toneladas. Aumento de 4,3% em relação a agosto.

Para os próximos dias, desvalorizações para carne não são esperadas, já que a oferta de boi gordo está limitada, o que definirá o trajeto dos preços entre estabilidade e valorização é o fluxo de escoamento de carne dos frigoríficos. Neste aspecto, as variações cambiais devido às eleições tem impacto.

 

Fonte: Scot Consultoria