Segundo liderança do setor no Estado, no mesmo período, milho subiu 33% e o farelo de soja, 7%

Após a primeira tentativa de negociação com os frigoríficos no ano de 2021 não ter resultado em acordo na quinta-feira (7), ontem (14) a comercialização dos suínos vivos em São Paulo resultou no preço de R$ 6,39/kg vivo. De acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, Valdomiro Ferreira, analisando o preço praticado há 60 dias, quando houve pico de alta nas vendas do animal, o valor na última quinta-feira (14) representa uma retração de 30%.

Além do recuo no preço do suíno vivo, em 60 dias também houve recuo no preço da carcaça suína na ordem de 26,76% no Estado. No início do período estipulado na conta, o animal abatido valia R$ 14,20/kg, e agora, o preço é de R$ 10,40/kg.

Segundo Ferreira, no mesmo período, a saca de 60kg de milho teve aumento de 30%, e o farelo de soja, valorizou 7%. “Essa variação menor para o farelo de soja é porque o preço deste insumo já estava muito alto no período”, explicou.
Sendo assim, o suinocultor paulista trabalha hoje com prejuízo, já que a arroba suína no Estado está cotada em R$ 130,00, e o custo de produção por arroba está avaliado em R$ 164,00.

“Hoje, a cada arroba comercializada, o suinocultor perde R$ 34,00 por arroba. Na ponta do lápis, se um animal produz cinco arrobas, o para cada suíno vendido hoje, o produtor perde R$ 170,00 reais por animal abatido. Esta situação está mais grave do que a pior crise no setor já registrada, ocorrida em 2011, quando o criador perdia R$ 100,00 por arroba”, disse.

Na análise do presidente da APCS, esta situação se deve a uma conjunção de fatores, que une a demanda mais fraca por carne suína tanto no mercado interno quanto no externo, e a redução na oferta de grãos, com consequente majoração nos preços dos insumos.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com