A boa perspectiva de produção da safrinha de milho no Brasil pressionou os preços do cereal para que continuasse em queda, segundo o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, uma das maiores quedas ocorreu no Rio Grande do Sul.

“No RS os preços do milho ficaram entre R$ 34,00 a 36,00 essa semana, posto nas fábricas; no interior foram de R$ 33,00 a 34,50. Na região de Vacaria 33,50, na região de Ijuí 31,00 e na região Ibirubá 32,00. Mas, houve recuos de 1,67% em Passo Fundo e Erechim, 3,33% em Carazinho e 6,67% em Santa Rosa e Santo Angelo. Em SC os preços do mercado de lotes para exportação ficaram ao redor de R$ 36,50 CIF no porto de Imbituba, mas caíram em todas as regiões do interior: -1351% em Campos Novos para R$ 36,50; -2,70% em Canoinhas e Chapecó para R$ 36,00 e -1,28% em Concórdia para 1,28%. Em Mafra foi a única região do estado em que os preços subiram: 2,11% para R$ 38,80/saca”, escreveu em seu boletim informativo diário.

Nesse cenário, as chuvas regulares em praticamente todas as áreas produtoras devem garantir ao Brasil uma segunda safra de milho 2018/19 recorde, como mostrou uma pesquisa da Reuters divulgada nesta sexta-feira. “Na média de estimativas de 11 consultoria e entidades do mercado, o país deve colher na chamada safrinha 68,43 milhões de toneladas do cereal, um salto de 27 por cento ante a temporada anterior, marcada por problemas climáticos”, completa.

“Trata-se do primeiro levantamento da Reuters nesta safra em que o volume previsto supera o recorde até hoje registrado, de 67,4 milhões de toneladas, dois anos atrás. Na pesquisa passada, de março, a previsão era de uma produção de 66,22 milhões de toneladas”, conclui o especialista.

 

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems