Abertura de novos mercados no exterior para a carne suína brasileira também é fator de otimismo para o setor

A curva ascendente no mercado da suinocultura independente, iniciada entre o final de janeiro e o início de fevereiro, segue em trajetória positiva. Nessa quinta-feira (18), quando as principais praças produtoras de suínos comercializam os animais no mercado independente, aumentos foram registrados no preço do suíno vivo, atrelados às melhoras nos valores da carcaça.

Em São Paulo, conforme explica o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, desde a semana anterior os produtores paulistas estão comercializando os animais a R$ 8,00/kg vivo, e decidiram por manter esta proposta aos frigoríficos.

“A intenção de manter este valor é para que os frigoríficos se adaptem a esta nova realidade, acompanhando o preço da carcaça. Mas a partir de março, terá de haver uma nova readequação nos patamares de preços, até mesmo por causa dos custos de produção, que seguem em alta”, disse.

Minas Gerais, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, teve alta no preço do animal, passando de R$ 7,60/kg vivo para R$ 8,10/kg vivo. O consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estados de Minas Gerais (Asemg), explica que a demanda por animais continua boa, e que a melhora nas vendas a partir do final de janeiro enxugou o mercado.

Houve avanço no preço também em Santa Catarina nessa quinta-feira, saindo de R$ 7,60/kg vivo para R$ 7,90/kg vivo. Conforme explica o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, houve uma maior procura por parte dos frigoríficos por lotes para abate.

“Os produtores também estão cada vez mais organizados para puxar os preços para cima por causa dos custos de produção, que hoje, com o preço pago por suíno, está praticamente empatado. Há também o otimismo da abertura de novos mercados no exterior para a carne suína brasileira”, aponta Lorenzi.

O mercado essa semana teve uma procura maior e uma elevação de preços quase em todas as bolsas. Os produtores cada vez estão se organizando para puxar os preços pq os custos estão em alta, porque está praticamente empatando. Acredito que teremos novos aumentos nas próximas semanas. Há otimismo também na abertura de novos mercados para exportação de carne suína brasileira

Considerando a média semanal (entre os dias 11/02/2021 a 17/02/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 13,89%, fechando a semana em R$ 7,41.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 7,67”, informou o relatório do Lapesui.

O Rio Grande do Sul negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, mas de acordo com informações da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), o preço saiu de R$ 7,18/kg vivo para R$ 7,38/kg vivo, registrado na última sexta (12). O aumento era esperado, segundo o presidente da entidade, Valdeci Folador, seguindo a tendência de alta dos Estados do sudeste.

Fonte: Notícias Agrícolas