Ao analisar-se o quadro dos principais importadores da carne de frango brasileira no ano que passou, uma das primeiras constatações é a de que, salvo apenas uma exceção, permanece o mesmo de 2019. Ou seja: o único “novato” entre os 30 primeiros importadores é Gana, que em 2019 se colocou na 37ª posição e agora ocupa o espaço do Afeganistão (agora, na 40ª posição).

Outra constatação é a de que, a despeito de todas as dificuldades surgidas com a pandemia (muitas das quais ainda não foram equacionadas), os 30 primeiros importadores absorveram praticamente o mesmo volume de 2019 (redução de 0,7%, cerca de 50 mil toneladas a menos). E isso quer dizer que a retração enfrentada em alguns países foi contrabalançada com a colocação do produto em outros países.

Também chama a atenção o fato de a maioria dos integrantes desse ranking ter permanecido mais ou menos na mesma posição de 2019, sem grandes variações (os 7 primeiros do rol, por exemplo, são os mesmos do ano anterior). E, neste caso, também ocorreu uma única exceção mais gritante: a do México, dois anos atrás o 12º maior importador da carne de frango brasileira e agora, numa longínqua 29ª posição.

A tendência, aqui, é a de que o México saia desse rol. Como, aliás, – mas por razões muito diferentes – ocorreu com a Venezuela. Quinto principal mercado da carne de frango do Brasil uma década atrás, a Venezuela encerrou 2020 ocupando a 70ª posição do ranking.

Enfim, o quadro abaixo permite muitas análises e, praticamente, concentra quase toda a exportação brasileira de carne de frango, pois corresponde a quase 93% do volume total exportado pelo País em 2020.

Ele também indica que no ano passado o produto brasileiro atingiu, outros 140 países, seis a mais que em 2019. Mas esse acréscimo no número de importadores não impediu um recuo de quase 7% no volume exportado para o grupo.

Fonte: AviSite com adaptações Suino.com