Projeções anteriores sugerindo que – em função dos surtos internos de peste suína africana – a produção chinesa de carne de frango apresentaria crescimento contínuo não devem se confirmar. Estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apontam que, após o pico de produção registrado em 2020, neste ano a produção local de carne de frango tende a recuar 4% neste ano e, mesmo aumentando 2% no ano que vem, continuará inferior à do ano passado.

Há menos de um ano o USDA previa que em 2021 a produção de carne de frango da China chegaria aos 15,3 milhões de toneladas, aumentando mais de 30% em apenas quatro anos. Mas, posteriormente, essa projeção foi sendo corrigida para baixo e, agora, se encontra em 14 milhões de toneladas (o que, pelos dados do USDA, volta a colocar a China como 3º produtor mundial, atrás do Brasil, com 14,350 milhões de toneladas).

Justificam essa queda os baixos preços internos (efeito, sobretudo, da pandemia), o que tem levado o setor descartar maciçamente o plantel de matrizes e, concomitantemente, a alojar menor volume de novos reprodutores. Daí a expectativa de que a produção de 2022, embora 2% superior à deste ano, continue inferior à de 2019.

Também em função, principalmente, dos baixos preços internos, a importação do produto tende a recuar cerca de 10% em 2021 (da parte do Brasil, recuaram 7% entre janeiro e julho), devendo apresentar breve recuperação (+3,33%) em 2022. Mas continuam quase 7% menores que as de 2019.

Opostamente, as exportações tendem a um aumento contínuo. De quase 10% neste ano e de outros 3,5% em 2022. Com isto a China chegará a um volume, recorde, de 440 mil toneladas anuais, perto de 13,5% a mais que o exportado em 2020.

No balanço final, a oferta interna de carne de frango deste ano deve recuar quase 5% em relação a 2020. Volta a aumentar (+2,18%) em 2022, mas permanece quase 3% inferior à do ano passado.

Fonte: Avisite