A produção de petróleo da Opep caiu em dezembro, quando Nigéria e Iraque ficaram mais próximos dos cortes prometidos em um acordo global de suprimento e o principal exportador Arábia Saudita ampliou seus cortes antes de um novo acordo para restrição de oferta, segundo uma pesquisa da Reuters.

Em média, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, com 14 membros, produziu 29,50 milhões de barris por dia (bpd) no mês passado, segundo a pesquisa. O número ficou 50.000 bpd abaixo do valor revisado de novembro.

Os preços do petróleo subiram para mais de 70 dólares por barril em 2020, ampliando os ganhos de 23% em 2019, apoiados pelos cortes liderados pela Opep e pelo aumento das tensões no Oriente Médio após o assassinato de um importante general iraniano. Isso aumentou a preocupação com conflitos que poderiam reduzir ainda mais a oferta.

“No futuro, os riscos geopolíticos continuarão sendo o centro das preocupações dos investidores”, disse Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.

“Um jogo tenso de espera começou para ver se as consequências levarão a uma interrupção no fornecimento regional de petróleo”.

A Opep, a Rússia e outros aliados, conhecidos como Opep+, tinham um acordo para reduzir a oferta em 1,2 milhão de bpd em 2019. A participação da Opep no corte foi de cerca de 800.000 bpd, a ser feita por 11 membros, com exceções para o Irã, Líbia e Venezuela.

Nas reuniões de dezembro, a Opep+ concordou em fazer um corte adicional de 500.000 bpd a partir de 1º de janeiro de 2020.

Os 11 membros da Opep vinculados ao acordo superaram facilmente os cortes prometidos, graças em grande parte à Arábia Saudita e seus aliados do Golfo, que cortaram mais do que o necessário para apoiar o mercado.

A pesquisa de dezembro sugere que a Nigéria e o Iraque aumentaram seu nível de cumprimento dos cortes acordados, para 158% em dezembro, segundo a pesquisa, ante 153% em novembro.

A maior queda de produção da Opep, de 80.000 bpd, ocorreu na Nigéria, que exportou menos petróleo, de acordo com dados de rastreamento de navios e cronogramas de carregamento.

Fonte: Reuters