O aumento nas importações da proteína pelo gigante asiático deve ser de 6% no ano que vem, atingindo 4,8 milhões de toneladas

A produção de carne suína da China deve diminuir em 2022, de acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês. A queda se dá conforme o setor de suínos se ajusta às rápidas mudanças do mercado.

“Os preços do suíno caíram drasticamente na China desde o início de 2021 e permaneceram persistentemente baixos apesar dos recentes feriados nacionais que geralmente marcam um aumento no consumo da proteína”, pontuou o documento.

Segundo o relatório, integrantes da cadeia produtiva que lucraram com a atividade em 2020 podem achar difícil manter os níveis da rentabilidade, principalmente devido ao alto preço dos insumos.

De acordo com a análise feita pelo USDA, essa dinâmica provavelmente fará com que a produção de suínos diminua no gigante asiático e as importações aumentemem 2022, principalmente na segunda metade do ano.

“As importações de carne suína pela China devem chegar a quase 4,8 milhões de toneladas, um aumento de quase 6% ano a ano, depois de cair em 2021 com o aumento da produção local de carne suína e preços baixos”, explica o reporte.No entanto, os níveis de importação da proteína suína permanecerão abaixo do recorde de 2020, quando os déficits de oferta de carne suína induzidos por doenças foram mais agudos.

CARNE BOVINA

Enquanto isso, as importações de carne bovina da China e sua participação no comércio global devem crescer pelo oitavo ano consecutivo em 2022. A carne bovina ganhou terreno enquanto a China lutava com a oferta restrita de carne suína nos últimos anos.

Em evolução, as preferências do consumidor e um ambiente de serviço de alimentação aprimorado darão à carne bovina um lugar maior na dieta chinesado que no passado, enquanto o crescimento moderado da produção doméstica apoiará as importações.

CARNE DE FRANGO

As importações de carne de frango da China devem crescer 3% em 2022 com o aumento da demanda do consumidor e a expectativa de que o produto importado tenha preços competitivos.

No entanto, a participação da China no comércio global de carne de frango permanece pequena em comparação com a de outras proteínas. O comércio global de carne de frango será impulsionado por ampla recuperação das interrupções relacionadas à pandemia, visto que a melhoria das condições econômicas deve levar a muitos players a retomar as atividades no mercado global.

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Fonte: Notícias Agrícolas + USDA