O ano de 2018 deve ser de expansão para a produção de proteína animal em todo o mundo, segundo expectativas do Rabobank. Além da produção, também deve crescer a competição entre diferentes tipos de carnes, destacou o novo relatório formulado pelo banco. A informação foi divulgada no site da instituição, especialista em agricultura.

O relatório “Rabobank’s Global Outlook for animal protein in 2018” afirma que a produção de carnes deve crescer de forma acentuada na maior parte de regiões do Brasil, China e Estados Unidos.

Ainda conforme o relatório do Rabobak, bovinos e suínos devem representar a maior contribuição para a expansão global da produção de carnes. Frango e frutos do mar devem manter as taxas de produção um pouco abaixo do registrado em 2017.

O analista em proteína animal do Rabobank, Blake Holgate, disse que, entre os impactos esperados com o crescimento da produção, está a maior competição entre as espécies pelo preço e gosto do consumidor. Além disso, também deve gerar disputas entre os exportadores pelo fluxo de mercados.

“Muitos países buscarão elevar as exportações de sua produção em 2018. Com isso, a expectativa é que veremos uma maior competição entre os mercados importadores-chaves, particularmente pelo mercado chinês”, disse.

“Esperamos ainda que o crescimento da produção gere uma margem de pressão na cadeia de suprimentos – com varejistas de alimentos e empresas de serviços alimentares mais bem posicionados para se beneficiar do momento”.

Holgate disse ainda que, enquanto margem e pressão de mercados devem estar entre os temas centrais do setor em 2018, o crescimento da produção ira criar também oportunidades para a indústria. “As mudanças previstas para o setor devem estimular investimentos no desenvolvimento de novos produtos, na elevação da eficiência e da visibilidade das empresas”, acredita o analista.

Uma série de fatores atrelados à expansão do setor podem estimular a inserção da tecnologia, gerando mais eficiência, menor custo, elevação da produtividade e redução dos danos ambientais. O banco acredita que a inserção de tecnologias como robótica permitirão que as industrias aumentem o rendimento da carne, melhorem a qualidade dos cortes, reduzam custos e preencham lacunas de mão de obra.

Ainda conforme Holgate, nos próximos anos deve crescer a busca por proteínas alternativas. “No entanto, é importante salientar que este mercado é muito pequeno em comparação com o mercado de proteínas animal”, finalizou.

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Tradução livre equipe Suino.com