Não é só soja que se encontra nos campos neste período de verão. Muitos produtores, cientes da importância da rotação de culturas, mantiveram o plantio de áreas de milho. Segundo o Departamento Técnico da Cotrijal, a maioria das lavouras semeadas com o cereal já se encontra em maturação fisiológica, com a previsão do início da colheita para as próximas semanas.

“O forte da colheita acontecerá em meados de fevereiro. Até lá, temos que estar atentos ao clima, pois ainda precisamos de chuva. Já tivemos uma pequena estiagem nos primeiros dias do ano, que pode limitar a produtividade entre 180 a 200 sacos de milho por hectare”, comenta o engenheiro agrônomo Volmir Breancini, da Unidade Cotrijal de Não-Me-Toque.

Breancini reforça a importância do milho para o sistema de produção. “A cultura deixa no solo uma abundante palhada, que é fundamental para a sustentabilidade do sistema de semeadura direta nas propriedades. Ela também colabora com o não aparecimento de fungos, pragas e plantas daninhas na lavoura, principalmente na soja”, explica.

Com 25% da área destinada para o milho nesta safra (2017/18), João Ilário Nienow está satisfeito com a rotação de culturas que vem realizando em sua propriedade. “O milho nos dá alternativas e otimiza o nosso trabalho, pois ele entra mais cedo e a colheita acontece antes da soja. Sem contar com os benefícios para o solo e outros manejos”, comenta o produtor, associado da Cotrijal. Ele estima colher 200 sacos por hectare em suas áreas localizadas no interior de Não-Me-Toque.

Programa Monitora:

Manejo de conservação do solo
“O exemplo das lavouras do associado João Ilário deve servir de inspiração”, comenta o gerente de produção Vegetal da Cotrijal, Juliano Tiago Recalcatti, referindo-se ao programa Monitora, que apresenta soluções e alerta produtores da área de ação da cooperativa para o Manejo e Conservação de Solos.

“São exemplos que devem ser avaliados, pois precisamos entender a importância da palha e da rotação de culturas no sistema, e assim oferecer soluções simples e de baixo custo, mas com alto impacto na propriedade”, comenta Recalcatti. Ele revela que o tema conservação do solo fará parte de uma série de palestras no mês de fevereiro e também estará em debate na Expodireto Cotrijal. “São práticas que podem resultar em benefícios no combate a plantas daninhas, pragas e doenças no solo”.

Fonte: Cotrijal