O 2º levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra um recuo na projeção inicial da safra de milho no país. Na primeira projeção eram esperadas 105,1 milhões de toneladas e nesta 104,8 milhões de toneladas, uma pequena baixa de 0,3%. O número ainda é 2,3% maior que na safra 19/20. A área plantada também caiu em relação a safra passada e deve ocupar 18,4 milhões de hectares (- 0,2%). A produtividade média esperada é de 5,688 kg/ha.

Segundo a companhia a semeadura da primeira safra está em andamento mas sofrendo os efeitos do clima, diferentes nas regiões. Em algumas áreas, o clima tem sido seco e com baixa umidade nos solos, dificultando o cultivo. Em outras, as chuvas estão ocorrendo com intensidade e regularidade maiores, auxiliando no acúmulo hídrico dos solos.

Até o final de outubro cerca da metade do total previsto para a 1ª safra foi semeado. São esperados 4,1 milhões de hectares. A expectativa é que os volumes sejam maiores na 2ª safra, onde se espera 13,7 milhões de hectares.

Para os dados de consumo doméstico total a Conab mantém o número 68,7 milhões de toneladas consumidas internamente para 2019/20 e 71,8 milhões de toneladas para a safra 2020/21. “O crescimento do consumo para a 2020/21 ocorre devido ao bom desempenho esperado para o setor de proteína animal brasileiro no mercado exportador em 2021”, destaca o boletim.

A importação deve subir de 900 mil toneladas para 950 mil toneladas na safra 2019/20, anteriormente foi estimada em 900 mil toneladas. O estoque final esperado na safra 2019/20 deverá ser de 10,5 milhões de toneladas, volume suficiente para atender a demanda por aproximadamente um mês e vinte dias, a partir de fevereiro de 2021.

Para o estoque final esperado ao fim da safra 2020/21 projetamos um total de 9,5 milhões de toneladas, redução de 9,9% em relação ao período anterior. “Dessa maneira, em fevereiro de 2022 o Brasil deverá ter milho suficiente para atender a demanda total por um período de aproximadamente um mês e quinze dias, a partir de fevereiro daquele ano”, afirma.

Fonte: Agrolink