Quando o genoma humano foi sequenciado pela primeira vez em 2001, o projeto era focado em um indivíduo único. Desde então, vários novos genomas foram montados e adicionalmente dados genéticos foram gerados para milhares de indivíduos, produzindo uma foto mais completa da formação genética humana com amplas implicações para a saúde humana, desde a biomedicina até a antropologia. Agora, os pesquisadores começaram a aplicar um processo similar com milho, o cultivo comercialmente mais importante do mundo.

O milho também é o cultivo mais diverso geneticamente e praticamente todas as análises genômicas dependem de uma única linha consanguínea. Os esforços modernos para aumentar a produtividade na biotecnologia requerem uma variedade genética mais profunda para ter mais ambientes marginais e usos, precisando de um entendimento mais completo da diversidade genômica do milho.

Pesquisadores da Universidade da Geórgia, da Universidade Estadual de Iowa e do Laboratório Cold Spring Harbor em Nova Iorque trabalharão juntos para sequenciar, montar e anotar 26 diferentes linhas que representam a diversidade no milho. O projeto financiado pela Fundação Nacional de Ciencia vai combinar a tecnologia de sequenciamento de DNA com a técnica chamada de mapa óptimo para produzir genoma de alta qualidade montando com a caracterização e liberação de 26 linhas em dois anos.

 “Para ir de uma referência simples para uma ampla perspectiva sobre o repertório genético dos gene e expressão do padrão de genes será um grande passo para a abordagem da análise de genomas em cultivos”, afirmou Kelly Dawe, professor distinguido em Pesquisa na Universidade da Geórgia e pesquisador principal do projeto. “Ë algo que não começou para nenhum cultivo nessa escala”, resume.

A equipe de pesquisa vai criar o que é chamo de pangenoma do milho, uma representação da do nível de diversidade dos genes. Ao sequenciar muitas linhas, a pesquisa vai identificar novas combinações de genes que são duplicadas ou reorganizadas, aparecendo em algumas linhas várias vezes e em outras apenas uma vez. Cópias adicionais frequentemente mostram uma nova expressão e trazer traços únicos que permaneceriam desconhecido se somente um foi sequenciado.

 “As linhas sequenciadas incluirão variedades de regiões tropicais e temperadas e suas sequencias nos ajudarão a tender como o milho se adaptou a esses diferentes ambientes”, disse Matt Hufford, co-autor do estudo e professor da Universidade Estadual de Iowa.

Fonte: AGROLINK -Leonardo Gottems