Segundo anúncio realizado nesta terça-feira (26/06) pelo Conselho Estatal, a China irá zerar as tarifas sobre as importações de soja de alguns países da região Ásia e do Pacífico. A partir do dia 1º de julho, Índia, Coreia do Sul, Bangladesh, Laos e Sri Lanka estarão isentos de pagar a atual tarifa de 3%.

No mercado, a medida é vista como mais um capítulo da guerra com os Estados Unidos, na tentativa de forçar o presidente americano, Donald Trump, a estabelecer um acordo comercial melhor com a China, segundo maior parceiro comercial dos EUA. Além da isenção da tarifa de soja, a lista prevê ainda cortes nas taxas aplicadas a outros produtos agrícolas, químicos, médicos, siderúrgicos e de alumínio.

Depois de ameaçar a adoção de uma tarifa retaliatória de 25% contra importações de soja dos EUA, a China não têm medido esforços para ampliar a produção de soja no país e diversificar as importações da oleaginosa, comprando maiores quantidades de países como Brasil e Rússia.

Especialistas de mercado acreditam que num primeiro momento a tensão comercial entre as duas superpotências mundiais pode favorecer o Brasil porque os preços da soja nos EUA tendem a cair enquanto sobem aqui. Em 2017, a China comprou cerca de 54 milhões de toneladas das 68 milhões de toneladas de soja que o Brasil exportou. No entanto, a longo prazo, a União Europeia, segundo maior importador de soja no mundo, pode optar por comprar a commodity agrícola dos americanos, já que no Brasil, segundo as perspectivas, a soja estará com um valor mais alto.

Fonte: Equipe Mais Soja, (Por Bruna Eduarda Meinen Feil, Assessora de Comunicação )