O mercado brasileiro de milho deve seguir atento ao cenário de preços no mercado internacional nesta quarta-feira. O movimento de queda na Bolsa de Mercadorias de Chicago pode contribuir para uma maior fixação de oferta por parte dos produtores, favorecendo um movimento de baixa nas cotações, ainda que a situação da safrinha esteja cada vez pior no Brasil devido à estiagem.

Ontem (18), o mercado brasileiro de milho registrou preços fracos novamente, de estáveis a mais baixos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a dinâmica de mercado vem mudando sensivelmente ao longo da semana. “Há aumento da fixação de oferta em vários estados, resultando em abrupta queda dos preços. Os consumidores passam a se ausentar do mercado neste momento, o que tende a favorecer nova queda das indicações”, comenta.

Para Iglesias, o clima ainda é uma preocupação recorrente, com chuvas irregulares em diversos estados do Centro-Sul. “A tendência é que a indicação de quebra da safrinha seja ainda maior ao final do mês”, avalia.

No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 85,00 a R$ 95,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 83,50/94,00.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 98,00/100,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 100,00/103,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 103,00/104,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 102,00/104,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 100,00/101,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 96,00/R$ 98,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 87,00/88,00 a saca em Rondonópolis.

Chicago

Os contratos com entrega em julho de 2021 operam com perda de 7,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 1,06%, cotada a US$ 6,51 1/4 por bushel. O mercado embolsa parte dos lucros acumulados ontem. Os estoques globais apertados do cereal, seguem no foco de atenção dos investidores.

Ontem (18), os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 6,58 1/4, alta de 5,75 centavos de dólar, ou 0,88%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Safras com adaptações Suino.com