O site Pig Progress publicou, nesta semana, reportagem em que listava motivos para o mercado de carne suína do Brasil manter-se otimista. O setor de suínos do Brasil, salientou a  publicação, tem vários motivos para comemorar apesar dos tempos difíceis em que se encontra. Pelo menos cinco destaques no comércio internacional de carnes podem trazer um pouco de alívio.

A Coreia do Sul, quarta maior importadora de carne do mundo, anunciou a esperada autorização para as exportações brasileiras na semana passada, após mais de 10 anos de negociações. O país importou 645.000 toneladas de carne no ano passado. Não é de admirar que tenha se tornado o “objetivo” mais importante para os exportadores do Brasil, depois de terem obtido permissões semelhantes na China, no Japão e nos EUA.

Inicialmente, foram liberadas plantas da Aurora, da Seara, da Brasil Foods (BRF) e da Pamplona, ​​no estado de Santa Catarina. Esta região é reconhecida como “livre da Febre Aftosa” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Uma pequena desvantagem – uma tarifa de 25% ainda se aplica aos produtores brasileiros.

O Ministério da Agricultura declarou que o Peru também abriu seus mercados de carne suína para o Brasil. No entanto, alguns últimos detalhes sobre um Certificado Sanitário Internacional devem ser acordados para permitir negócios.

O Peru tem cerca de 33 milhões de habitantes e compartilha uma grande fronteira com a região norte do Brasil. Ambos os governos têm trabalhado juntos em questões econômicas, sociais e ambientais.

As autoridades sanitárias brasileiras e russas se reuniram em abril passado para discutir e resolver a questão da proibição da carne suína e bovina brasileira ao mercado russo. Desde dezembro passado, os produtores brasileiros não foram autorizados a exportar esses produtos para a Rússia, pois supostamente foi encontrada ractopamina na carne.

Rosselkhoznadzor, a autoridade sanitária da Rússia, indicou que o país gostaria de vender peixe para o Brasil. A próxima Copa do Mundo, realizada na Rússia a partir de junho, pode ajudar a acelerar as discussões. A Rússia é importante para os agricultores brasileiros, ocupando cerca de 7% da produção total de carne suína do Brasil.

O Brasil está considerando um apelo à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a recente proibição da União Europeia às indústrias de carnes brasileiras. A principal preocupação é a avicultura, mas os produtores de suínos estão atentos ao assunto.

Blairo Maggi, ministro da Agricultura do Brasil, afirmou que não há razões técnicas para a suspensão. Um recurso pode, no entanto, demorar muito tempo. Alguns especialistas preveem uma forte queda na produção de aves. Pelo menos cinco plantas da BRF e Aurora suspenderam suas atividades desde abril.

Por último, mas não menos importante, em meados de maio, Maggi estave em Pequim para reabrir as negociações com os chineses. Os chineses deram ao Ministro da Agricultura brasileiro a garantia de que as negociações serão levantadas no Subcomitê Chinês de Inspeção e Quarentena. Há cerca de dois anos, o Brasil e a China suspenderam a cooperação nesse subcomitê.

Equipe Suino.com