Os dois Estados devem receber em maio o status dado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de “território livre de febre aftosa sem vacinação”, o que gerará a oportunidade de entrarem em mercados internacionais mais restritos

Os segmentos de suinocultura dos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná receberam com animação a notícia do provável reconhecimento da OIE como zona livre de febre aftosa que ocorrerá agora em maio. O mesmo status que Santa Catarina já possui. Mais do que uma simples classificação, a decisão irá impactar positivamente a nas vendas de suínos tanto para o mercado externo quando para o interno.

Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Luis Folador, a mudança trará para a suinocultura gaúcha uma situação diferenciada, com a possibilidade de acessar mercados que hoje não consegue, devido a barreiras sanitárias. “A mudança nos coloca em um patamar de evidência, vamos para prateleira de cima e aos olhos dos nossos compradores e importadores, ganhamos pontos e nos consolidamos. Atualmente, somos o segundo maior exportador de carne suína do Brasil e o terceiro produtor. Isso nos manterá muito atuantes no mercado externo com mais credibilidade e portas abertas dependendo só de negociações comerciais e da necessidade de quem precisa comprar”, ressalta o presidente da ACSURS.

No Paraná, a expectativa é que com a mudança de status fornecida pela OIE haja um impacto positivo, seja a curto prazo, e o Estado consiga exportar carne suína para países como Japão, Coreia do Sul e México, destinos que hoje não são acessados exatamente pela barreira sanitária.

O presidente da ACSURS ressalta que a conquista foi fruto de muito trabalho. “O segmento realizou investimentos, o setor público fez sua parte seguindo as recomendações do Ministério da Agricultura, implementamos todas as ações necessárias para garantir que atendêssemos as exigências da OIE”.

No Paraná, produtores de suínos e associações ligadas ao segmento têm planos ambiciosos e esperam que com essa mudança de status, o Estado não só exporte, mas também assuma a liderança na produção brasileira, que atualmente pertence à Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul, o otimismo também é grande com a nova demanda que deverá surgir. “Estamos crescendo anualmente, 2%, 3%, 4%; possuímos um parque industrial fantástico, temos oito plantas frigoríficas habilitadas a exportar para Ásia e outras tantas habilitadas para outros países. Temos que continuar com a mesma responsabilidade na questão da sanidade, cuidados devem ser redobrados tanto na suinocultura como na bovinocultura, trabalhando intensamente junto ao setor público, que é o responsável pelo controle e fiscalização para que tudo seja feito dentro das normas da legalidade e dos protocolos determinados para mantermos esse status conquistado”, afirma Folador.

Fonte: Suinocultura Industrial