O Rio Grande do Sul é piloto de um programa que envolve o uso de epidemiologia veterinária para a vigilância e prevenção da febre aftosa. O chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Diego Viali dos Santos, falou sobre o projeto no segundo dia do Encontro Nacional de Epidemiologia Veterinária, que acontece até esta sexta-feira (3/08) em Porto Alegre.

Conforme Viali, o sistema de análise de risco que está sendo aplicado no estado gaúcho contribui para o direcionamento de ações de vigilância, permitindo a padronização das ações conforme o risco de cada região geográfica. “As áreas com risco maior, devem fazer um número maior de atividades. Existe um critério técnico para saber o que fazer em cada área, para que todos tenham o mesmo nível de vigilância”, explicou.

Segundo Viali, essas atividades não devem ser preocupação somente do serviço veterinário oficial. “Todos devem estar envolvidos. Os produtores gaúchos gastam anualmente mais de R$ 30 milhões somente na aquisição e aplicação das vacinas. É preciso converter esse valor em atenção. Com a suspensão da vacina, ele reduz o custo, mas precisa ficar de olhos mais abertos e notificar qualquer suspeita de sintoma”, frisou.

A apresentação do médico veterinário foi baseada em resultado de estudo realizado a partir do Acordo de Cooperação Técnica envolvendo o Fundesa, Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ministério da Agricultura e Universidade Federal do RS. A partir dos trabalhos desenvolvidos no estado, o projeto poderá ser aplicado em outras unidades da federação.

Fonte: Fundesa