O Brasil Central cada vez mais é destaque nacional como usuário de genética de raças de corte. É o que revela o Relatório Index Asbia divulgado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq). O documento com dados do primeiro trimestre de 2020 mostra a supremacia da região na aquisição de doses de sêmen de raças de corte em relação às demais áreas do país.

Das 3.623.135 doses de sêmen comercializadas no período – incluindo vendas diretas ao cliente final, exportações e prestações de serviços, 2.073.482 são doses oriundas de raças de corte. O número representa uma alta de 33% em relação ao desempenho de mercado obtido no mesmo período do ano passado.

A raça Angus é a que apresenta o maior peso no mercado de comercialização de doses de sêmen. Relatório consolidado da Asbia referente a 2019  já indicava essa liderança, sendo a Angus responsável por praticamente a metade do total vendido no período – das 11 milhões de doses computadas no ano passado, a raça respondia por 5,8 milhões de doses.

A preferência dos criadores pela genética Angus no processo de cruzamento industrial do rebanho brasileiro e na produção de animais com características desejáveis confirma a superioridade da raça no trabalho de imprimir alta qualidade nos campos de Norte a Sul do país, agregando diferencial tanto no rebanho  quanto na carne produzida.

O relatório da Asbia é considerado o mais completo levantamento sobre Inseminação Artificial (IA) já realizado no país e, a partir deste ano, traz informações municipalizadas. São quase 26 mil linhas de dados, com cobertura em 3.270 municípios brasileiros. A Associação Brasileira de Angus, que é sócia da Asbia e acompanha integralmente esse trabalho, destaca a importância do relatório neste novo formato. “É um grande indicador para sabermos para onde está indo a raça Angus, quais estados, municípios e regiões que mais utilizam a genética”, salientou o gerente de Fomento da Angus, Mateus Pivato. Segundo ele, o levantamento é fonte fidedigna para estudos e inteligência da associação e, a partir dele, pode atuar e levar, juntamente com a genética, conhecimento e informação para criadores que utilizam a genética da raça.


Fonte: Associação Brasileira de Angus (ABA)