Novas pesquisas descobriram que o gerenciamento proativo da terra com agrossilvicultura (mistura de gado e árvores) reduz o risco de incêndios florestais em áreas do Mediterrâneo europeu. O estudo foi conduzido pelo Dr. Paul Burgess, professor de Ecologia e Gestão de Culturas da Universidade de Cranfield, na Inglaterra.  

“Algumas áreas correm um risco particular de incêndios florestais, onde a terra não é gerenciada ou usada proativamente, há um acúmulo de vegetação seca e arbustos criando combustível. Demonstrou-se que a agrossilvicultura reduz o risco de incêndios florestais, promovendo o emprego rural e removendo parte da vegetação seca ao nível do solo, através da pastagem de gado. Considerando o efeito das mudanças climáticas nessa região, é uma opção de gerenciamento de terras que pode reduzir com sucesso incêndios, proteger o meio ambiente e melhorar o bem-estar humano”, indicou a universidade. 

A combinação de gado e árvores em terras agroflorestais pode criar habitats da biodiversidade que fornecem uma renda anual aos agricultores por meio de produtos animais. Comparado ao uso de máquinas para limpar a vegetação, a agrossilvicultura usa menos máquinas e combustível fóssil. 

A proporção de terras queimadas durante 10 anos variou de 0,1% da área da França a 1-2% da área da Grécia, Chipre, Itália e Espanha, e 14% da área de Portugal. Incêndios florestais não controlados ameaçam a vegetação natural, a biodiversidade, as comunidades e as economias e liberam grandes quantidades de dióxido de carbono, contribuindo para o aumento da temperatura global. 

Fonte: Agrolink