No Rio Grande do Sul, 4% das lavouras encontram-se em fase de floração, 47% estão na fase de enchimento do grão, em 42% delas o trigo encontra-se em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita) e foram
colhidos 7% das lavouras.

Estas primeiras áreas já colhidas se localizam principalmente nas regiões de Santa Rosa, Ijuí e Frederico Westphalen e apresentaram produtividades médias que variam entre 3.100 quilos por hectare e 3.300 quilos por hectare, com PH acima de 78.

Nesta safra, a área estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares. A área de cultivo de trigo no RS corresponde a 37% da área brasileira de plantio com o grão. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (30% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, em 41% da área de 221 mil hectares a cultura encontra-se na fase de enchimento do grão, 50% em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita) e 9% das lavouras estão colhidas. Na semana, foi intensificada a colheita da cultura.

O produto vem apresentando umidade um pouco acima da adequada, mas os produtores optam pela retirada da cultura devido às previsões de umidade alta na próxima semana. Aumentam os sintomas de incidência de giberela nas espigas, embora a aparência dos grãos seja de baixa infecção.

As lavouras implantadas no início do período apresentam maior incidência do fungo. Áreas colhidas apresentam produtividade média de 54 sacas por hectare e PH dos grãos acima de 78. Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende os Coredes Fronteira Noroeste e Missões, 29% das lavouras estão em enchimento de grãos, 59% em maturação e 12% foram colhidos.

A produtividade destas primeiras lavouras colhidas é de 3.300 quilos por hectare e com ótimo PH, de 78 a 80. A maturação da cultura apurou nos dias secos, ensolarados e quentes da semana anterior; há diversas áreas em fase final de maturação e se ampliam as áreas já colhidas. Na semana, foi intenso o movimento de máquinas e caminhões em função do início da colheita.

Quando o tempo ficar seco novamente, a colheita deverá se intensificar ainda mais. Na regional de Frederico Westphalen (14% da área no Estado), que corresponde aos Coredes Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, 1% da cultura está em floração, 62% das lavouras encontram-se na fase de enchimento do grão, 33% em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita) e 4% foram colhidos.

A cultura apresenta bom aspecto visual. Os agricultores realizaram aplicações de fungicidas; se o clima continuar favorecendo, a expectativa é de bons rendimentos. O trigo colhido vem apresentando boa qualidade, com PH acima de 78.

Na regional de Passo Fundo (6,5% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Produção e Nordeste, 10% das áreas estão na fase de floração, 70% na fase de enchimento do grão e 20% em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita).

As lavouras passaram pela fase de enchimento de grãos e encontram-se com boas condições sanitárias, o que sinaliza bom potencial produtivo. Produtores realizam tratamentos fitossanitários e monitoramento de pragas e doenças. Destaque para os municípios de Não-Me-Toque (com seis mil hectares) e Lagoa Vermelha (com quatro mil hectares), cujo rendimento em 2018 foi de 3,6 toneladas por hectare, acima da média do Estado, que é de 2,4 toneladas por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria (5,5% da área do Estado), que engloba os Coredes Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, as lavouras de trigo apresentam-se em bom estado. Os triticultores já fizeram em média duas aplicações preventivas de fungicidas. Em 2% da área, o trigo encontra-se na fase de floração, em 63% a fase é de enchimento do grão, 31% estão em fase de maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita) e 4% foram colhidos.

Na região, as maiores áreas estão situadas em Tupanciretã, com 14,8 mil hectares; Santiago, com 5,5 mil hectares; Júlio de Castilhos e Capão do Cipó, com estimativa de cinco mil hectares de área cultivada com trigo em cada município.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé (5,1% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Campanha e Fronteira Oeste, a fase é de floração em 1%
das lavouras, em 51% delas a fase é de enchimento do grão, 38% estão em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita) e 1% foi colhido.

Em São Borja, município com a maior área – 13 mil hectares, 10% das lavouras encontram-se na fase de enchimento de grãos, 50% em maturação, 30% da cultura está pronta para colheita e 10% foram colhidos. A produtividade média foi de 50 sacas por hectare, com PH médio de 79. Algumas áreas foram danificadas pelas fortes chuvas com vento da semana anterior, que ocasionaram acamamento.

Destaque para Itaqui, com seis mil hectares (30% em enchimento do grão e 70% em maturação) e São Gabriel, com quatro mil hectares (5% em floração, 55% na fase de enchimento do grão e 40% em maturação).

Na regional de Caxias do Sul (4% da área do Estado), que corresponde aos Coredes Serra, Campos de Cima da Serra e Hortênsias, as lavouras apresentam as seguintes fases: 35% em floração, 51% em enchimento do grão e 14% em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita).

As lavouras apresentam aspecto visual excelente, mantendo, até o presente momento, a expectativa de uma ótima safra. Nos municípios de menor altitude na região da Serra, as lavouras se encontram na fase de enchimento de grãos; aquelas semeadas no início do período estão iniciando a maturação. Seguem os tratamentos fitossanitários para prevenção e controle de pragas e doenças.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim (com 3,3% da área do Estado), que corresponde ao Alto Uruguai, 5% das lavouras de trigo estão em floração, 72% na fase de enchimento do grão e 23% em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita).

No geral, apresentam bom estado de desenvolvimento. Destaque para os municípios de Sertão, com quatro mil hectares; Cruzaltense, com dois mil hectares; e Ipiranga do Sul, com 1,8 mil hectares. Na regional de Soledade (com 3% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, 1% do trigo está em floração, 90% na fase de enchimento do grão e 9% em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita). Tem início a colheita em algumas lavouras na região.

As primeiras colhidas apresentam produtividade que varia entre 45 e 52 sacas por hectare, com PH acima de 78. Lavouras conduzidas com boa tecnologia apresentam ótimo potencial produtivo. Continuam os tratamentos para o controle de doenças, especialmente a giberela, que ataca a cultura nas fases de florescimento e enchimento de grãos e é favorecida por períodos contínuos de molhamento, superiores a 48 horas.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, o preço médio semanal do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 38,96/sc., uma redução de 1,94% em relação ao da semana anterior.

Na regional de Ijuí, os preços praticados ficaram entre R$ 38,00 e R$ 40,00/sc.; o produto disponível foi comercializado a R$ 45,00/sc. em Cruz Alta. Na região de Santa Rosa, o preço médio pago aos produtores na semana foi de R$ 39,04/sc. de trigo com PH 78.

Na região de Caxias do Sul, o trigo foi comercializado entre R$ 38,00 e R$ 42,00/sc. Em Passo Fundo, a R$ 40,00/sc. Na região de Frederico Westphalen, a comercialização do produto foi a R$ 39,00/sc. O preço mínimo para o trigo em grão tipo 1 (pão) com PH 78, safra 2019-2020 para a região Sul do Brasil é de R$ 40,57/sc., estabelecido pela Portaria nº 31, de 11/03/2019.

Fonte: Emater/RS