Após chuvas que já passaram de 200 milímetros em algumas regiões, as lavouras de soja da região de abrangência da Cotriel retomaram seu desenvolvimento. Segundo o técnico agrícola da sede, Rafael Ottoni Klein, a oleaginosa se encontra na fase de floração e início de formação de vagens, na qual  a planta expressa o seu potencial produtivo.

Rafael explica que após as chuvas intensas, vieram a alta temperatura do dia e vento, orvalho e cerração à noite, abrindo uma janela perigosa de doenças, principalmente a ferrugem da soja, que merece atenção especial. “Como foram registrados vários dias com umidades e temperaturas entre 18 a 35 graus, criou-se uma condição favorável para essa doença. Em safras anteriores quando   ocorreram períodos de estiagem, houve mudança nas estratégias do controle de doenças e depois foi muito complicado reverter a situação e as perdas foram grandes por causa da ferrugem”, disse.

No que diz respeito às pragas, Klein afirma que  até o momento as que mais apareceram foram o tamanduá da soja no inicio do desenvolvimento soja e neste momento o que está em maior quantidade são as lagartas.

“Com a soja na fase reprodutiva é importante dar uma atenção especial aos percevejos, pois estes causam danos à qualidade de grão, abortamento de legumes e desequilíbrio hormonal na planta da soja. As aplicações devem ser feitas quando as  populações de percevejo estiverem baixas. Quanto às  lagartas, que  estão começando a aparecer a partir de agora, o produtor não pode descuidar da  falsa-medideira, e a lagarta-preta, pois se a população destas aumentar demasiadamente, podem ocorrer danos à área fotossintética da planta”, alertou.

Algumas dicas:

– Monitoramento constante das áreas, principalmente quanto a pragas e doenças;

– Seguir o manejo de doenças previsto para as lavouras de soja, visto que muitas áreas se aproximam do final do residual dos produtos para controle da ferrugem. A mesma é uma doença bastante agressiva e qualquer descuido pode custar muitos quilos de soja;

– Caso seja necessário, é importante fazer  aplicação de produtos fitossanitários nas áreas, dando preferência por aplicações nas horas de temperaturas menores, de manhã(cuidado com orvalho) e no final da tarde.

– Muita atenção ao uso de produtos a base de óleo, inseticidas do grupo dos organofosforados, podem ocasionar fitoxicidade à soja;

– Evite aplicações entre as 12 e 18 horas. São horários que apresentam temperatura elevada e baixa umidade relativa do ar, que dificultam a duração da vida da gota e também a capacidade de absorção dos produtos.

– Lembrando: com umidade relativa do ar menor que 60% e temperatura maior que 27°C, as pulverizações devem ser evitadas.

O Departamento Técnico da Cotriel está bem treinado e capacitado para prestar uma assistência técnica que possa ajudar o produtos a solucionar os problemas na lavouras. A nossa torcida é que a chuva continue ocorrendo nesta fase, crucial para o desenvolvimento da soja.

Fonte: Cotriel