A cultura da soja no Rio Grande do Sul está com 18% da área colhida e 41% madura e por colher, estando ainda com 38% da área no Estado em enchimento de grãos e 3% em floração. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (21), avançou muito a maturação das lavouras na última semana, apesar da umidade no solo, que prejudicou a colheita, principalmente na metade Norte do Estado. As produtividades alcançadas até o momento estão um pouco acima (3.900 kg/ha) da estimativa inicial (3.132 kg/ha). No geral é muito bom o desenvolvimento das plantas em formação e em enchimento de vagens, gerando uma boa expectativa de produtividade para a soja nesta safra.

MILHO

A colheita do milho no RS avançou de forma lenta devido ao clima chuvoso na última semana, e alcança 59% da área cultivada nesta safra, estando ainda 19% do milho maduro, 18% em enchimento de grãos e 4% em floração. As lavouras em fase vegetativa apresentam bom potencial produtivo, sendo utilizadas principalmente para a produção de silagem. Na região Centro-Serra, essas lavouras são plantadas pós-feijão, fumo e milho, com acompanhamento de Manejo Integrado de Pragas (MIP), através da utilização do Trichogramma spp, visando ao manejo da lagarta-do-cartucho.

FEIJÃO

O feijão de primeira safra alcançou 87% da área colhida no Rio Grande do Sul, 6% do grão estão maduros e por colher e 7% da cultura encontra-se em enchimento de grãos. Com a safra quase finalizada, o feijão segue com bom desenvolvimento e a produtividade vem apresentando aumento em relação à safra passada, que foi de 1.456 kg/ha. Na região dos Campos de Cima da Serra, as fases são de enchimento de grãos e início de maturação, com as lavouras apresentando bom desenvolvimento.

A cultura do feijão de segunda safra está com 90% da área plantada, sendo que 44% estão em desenvolvimento vegetativo, 31% em floração, 15% em enchimento de grãos, 6% maduro e 4% já colhido, em especial nas regiões Fronteira Noroeste e Missões. A cultura está com bom desenvolvimento, boa sanidade das plantas, folhas bem desenvolvidas e coloração verde intenso. Há diminuição da incidência de pragas, com produtores monitorando as lavouras.

ARROZ

A cultura de arroz já está com 31% da área colhida no Estado, com 46% maduro, 21% em enchimento de grãos e 2% em floração. A maior parte das lavouras está em final de maturação e por colher, embora o clima não tenha sido propício à colheita, o que não causa grande preocupação aos produtores, já que a cultura tem largo escalonamento nas atividades e suporta bastante tempo na lavoura após o início da maturação. No geral, há boa estimativa de produção e de produtividade. Destaque para Rio Grande, com produtividades que alcançaram 9 mil kg/ha.

PASTAGENS E CRIAÇÕES

As pastagens perenes e o campo nativo mantêm certo desenvolvimento e razoável disponibilidade de pastagem para o rebanho, com rebrote favorecido pelas chuvas e temperaturas altas. Algumas áreas destas pastagens de verão que foram bem manejadas ainda estão permitindo pastejo, mas o ciclo já foi encerrado na maior parte delas. Em alguns municípios, como Capão do Cipó, já teve início a implantação de pastagens de inverno (aveia).

BOVINOCULTURA DE CORTE

O rebanho de gado de corte apresenta bom estado nutricional e sanitário. Em algumas propriedades, ainda há infestação por carrapatos e mosca-do-chifre, obrigando os produtores a realizarem o controle. De maneira geral, há boa oferta de pastagem para o rebanho, que apresenta bom ganho de peso sob condições de manejo adequado do pastejo (lotação).

A nutrição do rebanho é responsável pelo maior custo de criação, por isso são fundamentais pastagens abundantes e de alta qualidade. Em períodos de escassez, como o período outonal ou vazio forrageiro, ou também em caso baixas precipitações pluviométricas, a dieta dos animais é completada com suplementação no cocho com sal mineral e alimentos conservados. No campo nativo, é época de floração da maioria das plantas de verão, momento oportuno para melhorar o banco de sementes do solo através de diferimento.

Fonte: Emater/RS