A colheita do milho atingiu, nesta semana, 87% da área cultivada no Rio Grande do Sul, sendo que 10% das áreas estão maduras e por colher e 3%, em enchimento de grãos. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (02), a produtividade média do Estado está 9,92% acima da inicialmente estimada, chegando a 7.482 quilos por hectare.

A produção poderá chegar a 5,6 milhões de toneladas de milho, superando em 24,53% a da safra passada. Na Fronteira Oeste e Campanha, a produtividade das lavouras de milho destinadas à produção de grãos varia de 60 a 80 sacas por hectare. Nas lavouras para silagem, varia entre 15 e 25 toneladas por hectare.

SOJA

Já na soja, maior commodity produzida no RS, a colheita atinge 95% da área implantada no Estado, com produtividade média de até 3.218 quilos por hectare, propiciando uma produção de cerca de 18,7 milhões de toneladas. Na Fronteira Noroeste e Missões, a produtividade média supera a expectativa inicial e atinge 3,3 toneladas por hectare. A colheita está concluída na maioria das propriedades, restando a soja safrinha, onde a alta incidência de ferrugem asiática tem comprometido a produtividade de lavouras, com perda total, sendo inclusive abandonadas pelos agricultores. Isso reacende a discussão sobre a conveniência do plantio fora de época e a necessidade da adoção do vazio sanitário.

PASTAGENS E CRIAÇÕES

De maneira geral, no Estado, as espécies do campo nativo ainda estão proporcionando boa oferta de forrageira aos rebanhos. Os produtores realizam ajuste da carga animal para obter melhor aproveitamento. A época é de implantação de forrageiras de inverno, como aveia e azevém. Nas propriedades que realizam a integração lavoura-pecuária, com a colheita de soja ocorre a implantação das pastagens de inverno.

Bovinocultura de leite
Em pleno vazio forrageiro outonal, há um grande número de produtores utilizando como base forrageira a silagem de milho, suplementada por ração concentrada. Os produtores que não suplementam suas matrizes têm a redução da produtividade em sistema pastoril, em virtude da menor qualidade dos pastos.

Nas propriedades onde o plantio das forrageiras ocorreu no cedo, em função do bom regime de chuvas e de luminosidade ocorridos no fim do mês de abril, as pastagens apresentaram bom crescimento e já foram disponibilizadas para pastoreio de vacas em lactação. O estado sanitário dos rebanhos e as condições nutricionais continuam satisfatórias, exceto pelo aparecimento de alguns surtos de carrapatos, pois ocorre pouco frio para este período do ano, o que provoca o aumento dos casos de tristeza parasitária bovina.

Fonte: Emater/RS