O clima com chuvas generalizadas no período, associado às altas temperaturas, proporcionaram um bom crescimento e desenvolvimento das plantas. O crescimento rápido preencheu os espaços em áreas que ficaram com baixa densidade, finalizando, assim, as pulverizações de herbicidas em pós-emergência para controle de ervas daninhas.

No geral, o desenvolvimento está normal. No entanto, na região da Produção, os problemas no plantio apresentam um atraso no desenvolvimento das lavouras, comparado aos anos de normalidade na instalação da cultura.

Quanto aos estádios fenológicos, no Estado a maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo, 35% das áreas está em floração e 12% em início da granação. Os tratos culturais com fungicida foram intensos, visando prevenir a ocorrência de doenças, especialmente da ferrugem asiática, devido à constatação de focos no Estado.

A entrada em algumas lavouras foi dificultada pela alta umidade. Essa atividade de aplicação fungicida deverá seguir pelos próximos 45 dias, variando entre lavouras e nos intervalos recomendados entre uma aplicação e outra, acarretando um aumento de aplicações de fungicidas nesta safra.

Em uma área no município de Cerro Largo, Unidade de Referência com acompanhamento e monitoramento, na amostra de folhas da cultura coletadas dia 08 de janeiro e analisadas no laboratório da UFFS, detectou-se a presença de ferrugem.

Em relação aos ataques do tamanduá da soja e de lagartas, estes diminuíram em relação à semana anterior, embora com algumas aplicações de inseticidas.

Cultivares de soja superprecoces de ciclo indeterminado serão colhidos em final de janeiro, possibilitando o plantio de safrinha em 2019. No entanto, em Porto Lucena algumas áreas já foram colhidas.

Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste ocorreram volumes acentuados de chuva na última semana, provocando alagamentos e enchentes, com possíveis perdas na produção. No município de Dom Pedrito, da área estimada de soja está sendo avaliado perdas nas áreas alagadas.

Na região de Santa Maria, nos municípios de São Pedro do Sul, Mata e São Vicente do Sul, foi identificado áreas de soja que sofreram alagamento e deverão sofrer perdas significativas de produtividade, afetando alguns produtores, mesmo sem maior influência nas projeções totais de produção e produtividade do Estado por se tratar de um percentual pequeno do total da área cultivada no RS.

Mercado (saca de 60 kg)

A cultura foi cotada na semana pelo preço médio de R$ 70,75/sc., uma redução de 0,99% em relação à semana anterior. Preços do produto disponível foram: – Cruz Alta manteve-se em R$ 73,50/sc. – Passo Fundo R$ 76,50/sc.

Fonte: Emater/RS