Segue o plantio dos grãos de verão no Rio Grande do Sul, com a soja e o milho atingindo 87% e 89% da área prevista semeada. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (29), regiões como Fronteira Noroeste e Missões, o plantio do milho retorna a partir de janeiro de 2019 (segundo plantio), ainda dentro do zoneamento agroclimático, considerado pelos produtores como milho “safrinha”.

Beneficiadas pelo clima, as lavouras de milho evoluem rapidamente. Atualmente, 15% das lavouras de milho estão em enchimento de grãos, 19% em floração e 53% em desenvolvimento vegetativo, com folhas bem desenvolvidas, caules grossos, plantas bem enraizadas e porte elevado. O controle de ervas foi satisfatório, e a incidência de doenças foliares é baixa. Produtores realizam aplicação de fungicida para proteger o potencial produtivo apresentado até o momento.

Nas áreas de milho para silagem de planta inteira continua sendo realizado o corte das bordaduras para deixar as áreas prontas para a ensilagem, processamento que deve iniciar nesta semana em algumas regiões.

Na soja, as lavouras estão com bom stand, com germinação satisfatória das sementes, beneficiada pelas chuvas ocorridas nos últimos dias. Nas áreas de maior concentração de lavouras, a opção é pelo grupo de espécies com maturação precoce e pelo aumento do espaçamento entre as linhas (50 cm) visando tornar mais eficiente a ação dos fungicidas.

Com a intensificação da semeadura de arroz no Estado, o plantio está praticamente finalizado em todos os municípios, com a exceção de áreas pontuais e, em alguma área da região Central. O clima favoreceu a germinação e emergência dos grãos. Também ocorrem a aplicação de herbicidas pré e pós-emergentes e o início da irrigação. Na região Sul, houve um pequeno aumento na área implantada de 1,5% sobre a estimativa inicial.

As lavouras de feijão no RS, neste momento, evoluem em todas as fases de seu desenvolvimento, com 4% das lavouras colhidas (no Médio Alto Uruguai), 7% maduras e por colher, 25% em enchimento de grãos, 22% em floração e 40% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Em regiões mais altas, como no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra a semeadura da safra encaminha-se para a finalização.

CRIAÇÕES

Na bovinocultura de leite, as pastagens apresentam bom crescimento, garantindo oferta de alimento volumoso para os animais e manutenção dos níveis de produção de leite. O campo nativo está com bom rebrote e boa disponibilidade de pastagem para o rebanho. As pastagens perenes de verão, como tífton, jiggs, hermátria apresentam bom desenvolvimento (rebrote) e qualidade nutricional e estão sendo pastoreadas. A exceção a esse quadro geral são as pastagens prejudicadas em algumas localidades onde não choveu.

Com a alta umidade e o calor, tem aumentado a incidência de parasitas (carrapatos, moscas, bernes e vermes) no rebanho de forma geral. Casos de mastite ainda preocupam os produtores de leite.

Segue melhorando o estado nutricional e sanitário do rebanho ovino, em especial dos animais já tosquiados. Com o término da parição, agora são realizadas atividades de assinalação, castração, descola, monitoramento e tratamento de verminoses, vacinação contra clostridioses e controle de miíases. Nos cordeiros nascidos no cedo, é feita a desmama, aprontando para a comercialização de dezembro.

O período é de intensificação da esquila, que deve prosseguir até dezembro. O clima durante a semana favoreceu as operações de esquila. No município de Pantano Grande, aproximadamente 70% do rebanho já foi esquilado, sendo que os preços variam de R$ 7,00 a R$ 10,00/animal esquilado. Com as chuvas constantes, cai a sanidade do rebanho, porém isso ainda não está sendo considerado problema pelos produtores.

Fonte: Emater/RS