Rússia busca exportar carne para a União Europeia, apesar de problemas veterinários
- 4 de agosto de 2018
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Ao fornecer carne para a União Europeia e China, a Rússia poderia aumentar suas exportações totais em 300.000 toneladas (t) em 2017 para 1 milhão de toneladas em 2023, disse o vice-presidente da Rússia, Alexey Gordeyev. Ele acredita que, para alcançar esse objetivo, a indústria de carne russa precisa romper as barreiras administrativas com ambos os países. A informação foi divulgada nesta semana pelo site Global Meat News.
A National Meat Association (NMA) da Rússia disse que espera aumento das exportações de carne para 1 milhão de toneladas por ano até 2024. No entanto, os principais fatores que limitam as exportações de carne russa incluem questões veterinárias, como surtos em curso de peste suína africana (PSA) e gripe aviária (AI), disse o presidente da NMA, Sergey Yushin.
A União Europeia proibiu importações de aves da Rússia em 16 de julho, após vários surtos de gripe aviária registrados no país. Bielorrússia e Cazaquistão também impuseram restrições. “A maior parte dos volumes de exportação de carne da Rússia, até agora, compreende subprodutos, enquanto a quota de carne real ainda é baixa “, disse Davleyev. Uma parte considerável dos subprodutos russos de carne bovina, suína e de aves é comprada pelo sudeste da Ásia e a África subsaariana.
A agência de consultoria russa Petrova Five Consulting disse que o país poderia impulsionar as exportações de subprodutos para a China em quase 10 vezes, de 30.000 t, no valor de US$ 52 milhões em 2017, para quase 300.000 toneladas, no valor de US$ 520 milhões até 2023. Ao fazê-lo, a Rússia poderia aproveitar a guerra comercial entre China e os EUA, que tem limitado o comércio entre os dois países.
Enquanto isso, especialistas russos acreditam que será difícil para a indústria de carne russa ter sucesso na União Europeia. “Na Europa, as carnes russas enfrentam dois grandes desafios: a recusa da Comissão Europeia em reconhecer a regionalização e a compartimentalização do território russo quando se trata de doenças em animais; e as tarifas de importação proibitivamente altos, juntamente com um dos sistemas de quotas mais rigorosos do mundo”, disse Davleyev.
Equipe Suíno.com
