Confira os fatores que podem pressionar ou impulsionar os preços

A produção de milho Safrinha poderá ser maior do que a estimada atualmente, aponta a equipe de analistas de mercado da T&F Consultoria Agroeconômica: “A principal alteração na tendência dos preços nesta semana foi a confusão introduzida no mercado com a possibilidade de o aumento da produção do Mato Grosso, com a incorporação de áreas abandonadas de algodão migrarem para o milho, compensando as perdas climáticas de outras regiões”.

Além disso, apontam os especialistas da T&F, a ocorrência de chuvas no Paraná poderá dar novo impulso à produção local, afastando os temores de seca. A principal consequência destas alterações é a queda das cotações na média Cepea e na B3. Confira os fatores que podem pressionar ou impulsionar os preços:

FATORES DE ALTA

  • Câmbio: por beneficiar os preços nos portos, pode favorecer as exportações no segundo semestre;
  • Ritmo das exportações: poderá pressionar os preços internos, caso se confirme o prognóstico de 30-32 milhões de toneladas a seremexportadas;
  • Redução da produção no PR e em MS: mesmo assim, a segunda safra está se mostrando satisfatória, deve pressionar os preços no próximo trimestre, com início da colheita. No primeiro semestre, fatores internos prevaleceram no comportamento do mercado brasileiro; no segundo, o mercado externo deverá ter forte influência nos preços.

FATORES DE BAIXA

  • No Brasil, a melhora do clima e a incorporação de áreas de algodão no MT poderão compensar a quebra de safra em outros estados e fazer a produção subir levemente;
  • Elevação do estoque mundial, em função da estimativa de aumento da área e produção nos Estados Unidos.
  • Retração na demanda por carnes: a pandemia da Covid-19, com efeitos na retração no poder aquisitivo, está causando impacto no consumo de milho e, por consequência, na produção de rações no mercado interno.

De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, o progresso de colheita do milho safrinha brasileiro segue regular, com 15,1% colhido até o atual momento, contra 26,7% no mesmo período em 2019. “Entretanto, atualmente os trabalhos de campo da safra de inverno se mantém mais acelerados que a média dos últimos 5 anos, que foi registrada em 13,2% e de 2018, quando tínhamos 13,7% colhido”, concluem os analistas.

Fonte: Agrolink