A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa debateu, em reunião na semana que passou a situação dos frigoríficos catarinenses na prevenção da covid-19. Participaram do encontro, que foi realizado por videoconferência, representantes de entidades que representam o setor, Ministério Público do Trabalho, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria de Estado da Agricultura.

Segundo o presidente da comissão de Saúde, deputado Neodi Saretta, o objetivo foi discutir a necessidade de conciliar a segurança alimentar da população com a preservação da saúde pública e da cadeia produtiva do agronegócio, uma das mais importantes do Estado. “Sabemos da importância desse setor, vital na segurança alimentar, do mesmo jeito que é importante à saúde de quem trabalha nos frigoríficos”, comentou.

No encontro, os representantes da Associação Catarinense de Avicultura (Acav)/Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne) afirmaram que frigoríficos catarinenses adotaram protocolos rigorosos para controle da covid-19 em suas plantas, com orientação de médicos infectologistas e do Hospital Albert Einstein.

“A indústria de alimento, por conceito, já precisa operar num ambiente limpo. Além disso, adotamos uma série de medidas, como distanciamento, uso de EPI, redução da quantidade de pessoas dentro dos ônibus que transportam os trabalhadores”, comentou José Antonio Ribas Junior, presidente da Acav. “Isso nos dá a certeza que estamos construindo um ambiente seguro para os nossos colaboradores”.

O Diretor Executivo da ABPA-Associação Brasileira de Proteína Animal, entidade associativa que reúne 140 agroindústrias, e detém 97 por cento das exportações de proteínas do pais, Ricardo Santin, em entrevista a imprensa de Chapeco reforçou que as agroindústrias estão cumprindo os protocolos de segurança sanitária, pois o setor envolve muitas outras atividades na cadeia das carnes, e por isso precisa se preocupa em cuidar de todo o complexo, tendo em vista que é a supridora de alimentos à população nessa crise.

Disse Ricardo Santin:

“A pandemia tem que ser levada em conjunto, nós nos preocupamos tanto que a ABPA quando iniciou, fez um protocolo de cuidados com os nossos colaboradores e também um protocolo específico para os nossos integrados, apesar deles serem independentes por relação de contrato de integração contrato de parceria a ABPA fez recomendações para poder cuidar das pequenas propriedades, porque essa cadeia ela é maravilhosa, ela vai do nosso produtor lá na granja, vai do apanhador, ela vai do transportador, motorista, caminhoneiro que pega o pinto leva para lá; pega o suíno leitãozinho sai da maternidade leva para terminação e assim por diante. E, vai depois para dentro da fábrica onde nossos colaboradores são heróis que estão saindo de casa mesmo com riscos controlados, para fazer alimentos, para sua família e para nossa família que, além disso, nós temos de novo, nosso transportador que vai entrar na cadeia para levar o produto para o consumidor e distribuir porque ele coloca lá na prateleira do supermercado. Então, esse é um ponto, a gente trabalha na ABPA para cuidar de todos os elos da cadeia, por isso quando fizemos o protocolo de cuidados com a covid, nós colocamos todos os profissionais dentro para exatamente que essa cadeia não se desequilibre. Agora nós estamos vivendo um momento difícil, mas só tem uma solução: é trabalhar unidos, trabalhar com foco para manter a produção para manter o alimento na mesa do brasileiro e acima de tudo a segurança do nosso colaborador, esses foram os dois pilares que o Mário ou Leomar, nosso presidente do conselho da ABPA, o conselho se reuniu lá em início de março, o covide nem estava no Brasil oficialmente, o conselho deu duas diretrizes básicas cuidar da saúde do nosso colaborador e cuidar para que tenha alimento na mesa. Nessa hora, única coisa que nós não precisamos é de que as pessoas tenham que sair correndo aos supermercado para ver se encontra alimento, porque elas precisam estar em isolamento precisam estar se controlando. para ajudar a controlar essa epidemia”.

Agroindústrias continuam produzindo

A partir desta semana, o setor agroindustrial de SC deverá ter reforçado o protocolo de segurança contra a Coronavirus, ou Covid 19, para garantir a saúde de seus funcionários, integrados, transportadores e todos os prestadores de serviços integrantes da cadeia de proteína animal e continuar produzindo.

As agroindústrias, em conjunto com o Poder Legislativo, Secretaria da Saúde, Secretaria da Agricultura, Ministério Publico e municípios onde as agroindústrias estão instaladas devem implementar um protocolo para evitar a expansão da doença na zona de produção. Ministério Púbico do Trabalho e Sindicato de empregados das agroindústrias estão pressionado as autoridades para maior rigor no controle, inclusive com ameaças de fechamentos de indústrias.

A preocupação passa ser maior, pois a paralização das agroindústrias implicara em uma serie de consequências, desde o homem do campo que não terá onde entregar seus produtos para industrialização ate o consumidor final que ficarão sem o alimento para sua subsistência.

Para o diretor executivo da ABPA-Associaçao Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin o setor está preocupado com a manutenção da cadeia funcionando, e assegura que as providencias estão em sendo garantidas para preservar a saúde dos funcionários e demais integrantes da cadeia.

Santin destaca que estamos passando por uma pandemia mundial e ressalta que e todos os países sofrem consequências inclusive com a redução do consumo porem o mais importante e manter a ofertas dos alimentos à população.

“Nós temos que primeiro lembrar uma situação, essa é uma pandemia mundial, o que tá acontecendo no Brasil está acontecendo nos outros mercados também. É natural que nós não iríamos passar por uma situação dessas sem ter algumas diferenças. A vida não está normal e espero que ela volte ao normal logo. Aquela diminuição pequena que a gente teve de consumo no Brasil, que as pessoas ficaram sem emprego, sem renda imediata, e assim por diante, na nossa cadeia felizmente nos nossos trabalhadores da nossa indústria nós conseguimos manter o emprego. Diminuiu um pouco o consumo, mas ele substituiu, ele saiu daquele consumo que a gente fazia no restaurante e veio para geladeira da nossa casa no estoque. Está aí então, ele deu certo equilíbrio por que a gente tem que lembrar uma coisa, nós podemos ficar sem celular, sem carro, sem trocar de roupa, mas não podemos ficar sem comer. A gente vai fazer adaptações, vai comer menos, vai comer mais, vai trocar produtos por substituição de equilíbrios financeiros, mas vamos continuar fazendo. Então essa atividade é uma atividade que não vai parar. O que eu vejo inclusive com relação à exportação nós aumentamos e continua muito mais puxado por que não bastasse a coronavírus no mundo a China e a Ásia continuam com a peste suína africana, eles continuam ainda por cima a influenza aviária, Por isso, nosso produtor aí de Chapecó e de toda a região eu quero pedir uma coisa, vamos reforçar, eu sei que é um período de pandemia de dificuldade, mas reforçar os cuidados com a nossa biosseguridade. Nós sempre produzimos alimentos de qualidade e é por isso que tem poucos casos nos frigoríficos em toda a região, porque a gente sempre cuidou bem do colaborador e do produto. Então agora nós temos que cuidar mais ainda, reforçar para essas doenças não chegarem através do que na realização dos protocolos de biosseguridade reforçar isso. Ninguém entra na propriedade se não tiver que ir para lá, ninguém entra em contato com o suíno, por exemplo, se. não. for por seu tratador. Fazendo todos os procedimentos agora forçados para a gente poder passar esse tempo com mais calma. Existem dificuldades, existem, mas o que eu vejo é um segundo semestre muito bom nas exportações, por que o mundo agora teve dificuldades com a pandemia e as produções deles estão menores. E a nossa, a gente graças a Deus está conseguindo carregá-la e com esforço manter os níveis de produção”.

Fonte: Sindicarne/Fecoagro