A colheita da safra 2016/2017 de milho está a toda velocidade na região de Campos Novos e as expectativas de produção do cereal são as melhores possíveis. O clima neste ano colaborou e a estimativa na Cooperativa Agropecuária Camponovense – Coocam, é que a produtividade seja recorde, com 180 sacos/ha de média nas áreas dos associados.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Ibge, os produtores da região de Campos Novos semearam 8 mil hectares de milho nesta safra. A área é igual da safra anterior, porém, os preços praticados no último ano, que chegaram a R$ 58,00 o saco, não se refletem nesta safra. Aqui, investir no milho é sinônimo de bom manejo das áreas, evitando problemas com pragas e doenças pelo plantio das mesmas culturas safra após safra.

João Emilio Almeida, é um exemplo dos produtores que utilizam o milho para rotacionar culturas nas áreas. Na Fazenda dos Varões, o produtor associado da Coocam semeou 250 hectares, a mesma área da última safra. João Emilio destaca que o milho é essencial para rotação de culturas, mas o custo de produção é alto.

“Com exceção do ano passado, em que os preços estavam muito bons, agora que os preços se normalizaram como em outras safras, a cultura não é tão atrativa financeiramente, servindo bem para manejo da lavoura. Quando começamos o plantio da safra, lá em setembro, os preços estavam bons e a previsão climática era de seca, houve agora uma inversão. O clima correu muito bem, os preços voltaram ao normal e estamos tendo uma ótima produção de milho”, informou João Emilio.

Na Fazenda, as expectativas são de uma produção média de 180 sacos/ha. “Temos informações de produtores colhendo até 200 sacos/ha, mas em nossas áreas, as expectativas são de ter uma produção média de 180 sacos. A tecnologia do milho é alta, mas o custo disso também é alto. A semente dos híbridos é cara e com o preço do milho na casa dos R$ 25,00/saco, você precisa colher 40 sacos/há, só para pagar semente, então não se torna tão atrativo perante a soja, que é uma cultura mais estável, mais em conta e uma cultura certa”, ressaltou ainda o produtor.

Para o engenheiro agrônomo da Coocam, Silvio Zanon, a safra de milho será a melhor da história da cooperativa. “O ano foi bem favorável à cultura e as expectativas dos associados da Coocam é de que tenhamos a melhor média de produção, até sendo a melhor da história, pois todas as lavouras são boas, com alto potencial produtivo e os produtores fizeram o dever de casa, com investimento em genética, fertilidade de solo e junto com o departamento técnico, o produtor buscou o melhor manejo das áreas. Acreditamos que o produtor da Coocam vai colher muito bem a safra de milho neste ano”, explicou Silvio.

Segundo Silvio Zanon, o associado da Coocam se identifica muito com a cultura e a necessidade de rotacionar plantio nas áreas, possibilita investimentos. “O produtor da cooperativa gosta de semear o milho, se identifica com a cultura, mas nós sabemos que é uma cultura muito exigente, tanto de clima, fertilidade de solo, genética, e esses fatores associados a questão de preço, fazem o produtor refletir mais sobre investir ou não no milho. A rotação de culturas é hoje o principal motivador desse plantio, mas sabemos que o preço também define muito em plantar ou não o milho. Nós buscamos, juntamente com o produtor, equiparar esse custo com as necessidades de rotação, para que ele possa investir na cultura e produzir bem, pois somente com produtividade alta, é que se obtém uma boa safra de milho”, informou ainda.

Fonte: Coocam