Uma centena de produtores rurais de Chapecó e região reuniram-se na ultima semana, no Encontro de Líderes do Sindicato Rural de Chapecó, para conhecer a mais nova feira do município: a 1ª Bovicorte. A iniciativa é do Sindicato Rural de Chapecó em parceria com o Sistema Faesc/Senar, o Núcleo de Criadores de Bovinos. O evento está programado para o dia 27 de abril de 2019, no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves.

“O objetivo é promover o desenvolvimento da bovinocultura de corte na região por meio da realização de uma feira em que serão promovidas palestras técnicas sobre temas que sejam importantes para melhorar o desempenho produtivo e financeiro da atividade”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Chapecó, Ricardo Lunardi.

De acordo com o presidente, a feira contará com leilão de bovinos de qualidade e padronizados produzidos através do projeto de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (Iatf) por produtores que participam do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Pecuária de Corte desenvolvido no Estado pelo Sistema Faesc/Senar. Também será desenvolvido por meio do curso de Zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) um levantamento de dados dos lotes expostos para posterior avaliação de desempenho produtivo.

Durante a feira também haverá espaço para exposição de máquinas e implementos agrícolas para a atividade agropecuária e exposição de fornecedores de produtos para melhorar o desempenho da atividade.

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), presidente do Sindicato Rural de São Joaquim e coordenador estadual do Programa ATeG em Bovinocultura de Corte, Antônio Marcos Pagani de Souza, participou do encontro e apresentou os resultados da ATeG no Estado.

“O programa atende 28 grupos pertencentes a 27 Sindicatos Rurais que abrangem 73 municípios em todo o Estado. Ao todo, 840 produtores são atendidos por técnicos de campo que efetuam visitas mensais e supervisores técnicos. A meta para o próximo ano é aumentar para 1.500 o número de produtores rurais participantes e beneficiados pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Pecuária de Corte”, observou Pagani.

Os resultados obtidos no campo demonstram a efetividade do programa. “Os impactos diretos observados com o programa foram melhoria na genética, nascimento uniforme, valor agregado na comercialização. Isso demonstra que a nossa metodologia de trabalho está caminhando de acordo com as necessidades das propriedades rurais catarinenses”, complementou.

Pagani também explanou sobre o Programa do Novilho Precoce, instituído pela Lei 9.193, de 28/07/93, e regulamentado pelo decreto 2.908, de 26/05/98. Essa lei estimula a comercialização de novilho super precoce e novilho precoce. Para inscrever-se, o criador deve procurar a Cidasc e fazer – sem custos – seu cadastramento. “O nosso objetivo é elevar a produtividade e atingir alta qualidade”, ressaltou.

NA PRÁTICA

Pedro Pasin é produtor de gado de corte há cerca de dez anos no interior de Guatambu. A propriedade tem 35 hectares dedicados com 175 animais produzidos para recria e engorda. De acordo com ele, os principais avanços obtidos por meio da ATeG foram aprimoramento na gestão da propriedade, melhoramento de pastagem e piqueteamento fazendo com que os animais se alimentem melhor e tenham aproveitamento da pastagem aplicada. “As visitas técnicas têm nos auxiliado a ajustar detalhes do dia a dia melhorando a produção e a lucratividade. As orientações do técnico ajudam a planejar melhor a produção e, consequentemente, a crescer”, observou.

Fonte: Sistema Faesc/Senar-SC