O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Caçador realizou no último dia 13 de fevereiro, uma fiscalização volante para fiscalizar o transporte e trânsito de agrotóxicos, sementes, mudas, animais, produtos e subprodutos de origem animal.

A ação realizada na divisa com o Paraná, entre Matos Costa e Calmon, foi coordenada pelo médico veterinário Ubirajara Capri Muliterno e contou com o apoio dos auxiliares agropecuários Disney Bonette e André Gaio.

De acordo com o gestor de Defesa Agropecuária da Cidasc de Caçador, Luís Felipe Sperry Bratti, todos os veículos que transitaram pela região foram abordados. “A atividade faz parte de uma série de ações que Santa Catarina adotou para reforçar a fiscalização após a suspensão da vacinação contra febre aftosa no estado do Paraná. Precisamos manter essa vigilância nas nossas divisas e também na fronteira com a Argentina”, afirma o gestor Luís.

Santa Catarina conta com 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná e Rio Grande do Sul e na fronteira com a Argentina, responsáveis pela fiscalização de trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal, e vegetal.

Status sanitário catarinense
O status sanitário diferenciado de Santa Catarina teve impactos diretos e indiretos no aumento das exportações de carne suína e de aves. Após ser reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em 2007, o estado se tornou o maior exportador de carne suína e o segundo maior exportador de carne de frango do país, alcançando os mercados mais competitivos do mundo.

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007 representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE, onde receberam o certificado que faz do estado uma zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Luís Felipe Sperry Bratti destaca que a Cidasc mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, os profissionais da Companhia realizam inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. “Todo esse trabalho é para manter o nosso status sanitário, em razão de não ter o rebanho bovino e bubalino qualquer imunidade em relação à Aftosa. Não podemos correr o risco de perder tudo o que construímos até aqui, assim todos os nossos esforços são para que os animais nascidos e criados em Santa Catarina não tenham contato com bovinos ou bubalinos oriundos de outros Estados ou países que possam contaminar os rebanhos em território catarinense”, disse Bratti.


Fonte: Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc)