União entre produtores, fabricantes, distribuidores e poder público mudou o destino das embalagens contaminadas no campo em apenas uma década.

Nos dias 15 e 16 de outubro, a Cooperitaipu realizou a última etapa deste ano do recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos nos sete municípios de sua área de atuação.

Conforme a Engenheira Ambiental da cooperativa, Emanuela Bazzan, nesta etapa foram recolhidas 10.574 unidades de embalagens. Material foi destinado a Aeraoeste, que é uma central de recebimento vinculada ao Inpev, que é o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias.

O Brasil é recordista mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. Nos últimos dez anos, o percentual de embalagens plásticas colocadas no mercado que são recolhidas pela indústria após o uso do produto nas lavouras atingiu 95%.

Durante todo o ano de 2019, nas três coletas realizadas, a Cooperativa Regional Itaipu totalizou, exatamente, 29.620 embalagens recebidas e destinadas corretamente.

Como o processo acontece?
→ O produtor compra o agrotóxico em uma revendedora, cooperativa ou na própria indústria do produto. No momento da compra, as revendas, as cooperativas ou as distribuidoras são obrigadas a colocar na nota fiscal o local de devolução dessas embalagens.

→ O produtor deve fazer a tríplice lavagem e perfurar a embalagem para evitar a reutilização. O recipiente pode ficar armazenado na propriedade por até um ano. Na hora da entrega, ele deve apresentar a nota fiscal.

→ A tríplice lavagem acontece no momento de uso do produto no campo. Quando termina a aplicação, o produtor coloca ¾ da embalagem de água, chacoalha e coloca dentro do pulverizador, e passa novamente na plantação. Com esse procedimento, o produtor evita o desperdício e lava corretamente as embalagens.

→ Os postos de entrega são responsabilidade do Inpev, que organizou uma rede composta por mais de 400 unidades de recebimento de embalagens vazias, em 25 Estados brasileiros e no Distrito Federal, gerenciadas por cerca de 260 associações de revendedores.

→  A indústria fabricante recolhe as embalagens nos postos. Se estiver limpa, depois da tríplice lavagem, elas são encaminhadas para reciclagem. Se não estiver limpa, são enviadas para incineradores credenciados. As embalagens não laváveis – cerca de 5% do total – também são incineradas.

→ Da reciclagem, a maioria das embalagens são encaminhadas para reaproveitamento e se tornam novos produtos, como tubos para construção civil, bateria de carros ou voltam a ser outra embalagem de agrotóxico.

Fonte: Cooperitaipu