Santa Catarina responde por 50,9% das receitas e 50,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano

Em fevereiro, o Brasil exportou 79,93 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos), 28,9% acima da quantidade registrada no mês anterior e 20,0% mais que em fevereiro de 2020. As receitas foram de US$184,32 milhões, alta de 26,9% em relação ao mês anterior e de 19,6% na comparação com fevereiro de 2020.

No 1º bimestre, o país exportou 141,95 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$329,536 milhões, altas de 5,7% e 3,9%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2020.

Os principais destinos das exportações brasileiras de carne suína em 2021 são China, Hong Kong, Chile, Singapura e Uruguai, responsáveis por 83,8% das receitas no período. China e Hong Kong somam 68,0% do total.

Santa Catarina exportou 40,77 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em fevereiro, alta de 34,8% em relação ao mês anterior e de 16,4% na comparação com fevereiro de 2020. As receitas, por sua vez, foram de US$97,00 milhões, crescimento de 37,2% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com fevereiro de 2020.

O valor médio da carne suína in natura exportada por Santa Catarina em fevereiro foi de US$ 2.457/tonelada, alta de 1,0% em relação ao mês anterior e de 2,6% na comparação com fevereiro de 2020. No acumulado do 1º bimestre, o estado exportou 71,01 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$167,73 milhões, quedas de 3,5% e 2,7%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2020.

Santa Catarina responde por 50,9% das receitas e 50,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.
Os cinco principais destinos das exportações catarinenses de carne suína, foram responsáveis por 80,5% das receitas do 1º bimestre. China e Hong Kong responderam por 66,3%.

Dentre os dez principais destinos da carne suína catarinense, quatro apresentaram variações negativas nas receitas do 1º bimestre em relação ao mesmo período de 2020, com destaque para Hong Kong (-53,3%) e Estados Unidos (-15,7%). Em relação aos países que apresentaram variação positiva, chama-se atenção para a China (5,2%), Chile (56,0%) e a Argentina (30,2%).

Não obstante os bons resultados de fevereiro, as projeções de exportações deste ano seguem como uma incógnita, principalmente em função das notícias de recomposição do plantel de suínos da China, principal importador de proteína animal brasileira.

De acordo com recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de carne suína da China em 2021 deverá aumentar 14%. Ainda segundo o órgão estadunidense, a recuperação do rebanho chinês será impulsionada por maiores estoques de matrizes e preços altos da carne suína. No entanto, mesmo com a expansão, a produção permanecerá abaixo da média anterior à peste suína africana (PSA).

Além disso, o ressurgimento da doença em algumas regiões que não apresentavam casos há vários meses coloca em questão o risco de novos surtos, que podem atrasar o avanço da recuperação. São recorrentes, por exemplo, as notícias relacionadas a novas cepas de PSA no território chinês.

Fonte: Epagri/Cepa – Redação Suino.com