A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu para 47 milhões de toneladas a estimativa de colheita de soja para 2018. A informação foi divulgada pelo site norte-americano Farm Futures.

A seca em curso na Argentina, a mais severa em 30 anos, faz os agricultores se prepararem para a pior colheita desde 2009. Trata-se de uma situação indesejada para um governo com uma enorme lista de tarefas que inclui prosseguir no controle da inflação, fechando o fosso fiscal e aumentando as exportações. O presidente argentino, Mauricio Macri, esperava uma safra de soja recorde para impulsionar o crescimento econômico de 3,5% em 2018 e ampliar a recuperação do país.

Se a seca persistir pela próxima semana, o governo precisará cortar a previsão do seu PIB para 2018, afirmou Guido Sandleris, o principal assessor do Ministério do Tesouro. Não há previsão de chuva significativa.

“Isso provavelmente trará um impacto muito sério para a economia, nas exportações e na arrecadação de impostos”, disse Emilce Terre, economista-chefe da Bolsa de Comércio de Rosario. “A agricultura tem enorme peso nas exportações da Argentina que precisa dos dólares para pagar as importações”, concluiu.

Nesta época, em 2009, a chuva já havia caído em grande parte dos Pampas, de acordo com mapas do governo. Naquele ano, os analistas previram uma produção de soja de 46,2 milhões de toneladas. Ao final da safra, os agricultores haviam colhido apenas 39,9 milhões, uma baixa recorde. A queda causou uma recessão na economia.

Se a estimativa de colheita continuar a cair, “vai ser ruim”, disse Ivan Ordonez, economista independente e consultor para as empresas do setor. “Podemos estar diante de uma repetição de 2009”, afirmou.

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Tradução equipe Suino.com