Em bom ritmo: A semeadura do milho para a safra 2017/18 em MT avançou nesta semana 19,3 p.p. e com isso já alcançou 46,32% do total da área estimada. A redução no volume de chuvas, aliada à maior incidência de dias ensolarados, trouxe fluidez à colheita da soja, proporcionando bons avanços para os trabalhos de campo do milho.

No entanto, a semeadura já apresenta um atraso de 12,07 p.p. ante o que foi visto no mesmo período do ano passado, mas é importante salientar que, na média dos últimos cinco anos, ainda exibe um adiantamento de 5,0 p.p. Assim, as regiões mais adiantadas são a médio-norte, oeste e centro-sul, que já apresentam 64,62%, 47,25% e 38,23%, respectivamente, da área semeada.

Para a próxima semana a Somar prevê chuva acumulada em torno de 67 mm a 92 mm nos principais municípios produtores. Com isso, é esperado que os trabalhos estejam mais
direcionados ao milho, visto que a semeadura do algodão já está quase finalizada no Estado.

• Dado a valorização nas cotações da B3, o preço do milho disponível em MT encerrou a última semana com valorização de 1,30% e preço médio de R$ 16,83/sc.

• As cotações da CME para mar/18 e jul/18 apresentaram valorização de 1,16% e 1,12%, respectivamente. O clima desfavorável na Argentina foi um dos fatores que pautaram a alta.

• A cotação do dólar exibiu queda de 1,40% e média de R$ 3,24/US$, devido a fatores
nacionais e internacionais.

• A paridade de exportação do milho para jul/18 fechou a semana com queda de 1,07%. Apesar da alta nas cotações da CME, a baixa do dólar pautou a movimentação.

MERCADO CLIMÁTICO:

As condições climáticas da América do Sul têm trazido incertezas quanto à oferta do milho para a safra 2017/18, principalmente no que tange à produção da Argentina, visto que o país se enquadra como o quinto maior produtor mundial do cereal e vem sofrendo com a baixa precipitação em período de desenvolvimento das lavouras.

Com isso, o relatório de oferta e demanda do USDA referente ao mês de fev/2018 já traz reflexos deste contexto climático desfavorável ao país. Isso reduz a expectativa de produção em 7,1% ante a estimativa anterior, o que reflete em uma passagem de 42,0 milhões de toneladas para 39,0 milhões de toneladas, demonstrando, assim, que a estiagem em algumas áreas semeadas já não tem possibilidade de recuperação.

Visto que as previsões climáticas no país dos hermanos continuam apontando para um clima desfavorável na próxima semana, é importante a atenção para possíveis momentos de recuperação nas cotações da CME a curto prazo, neste período de mercado climático.

Fonte: IMEA