A semeadura do milho avançou nas áreas mais ao Norte do Rio Grande do Sul. Mesmo com o período chuvoso dos últimos dias, 96 mil hectares estão semeados com milho, o que corresponde a 13% do total estimado para esta safra 2018/2019, que é de 738 mil hectares.

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (06), a geada ocorrida nessas áreas causou alguma queima nas pontas das folhas emergidas, que estão se recuperando e, em princípio, não será necessário nenhum replantio. As lavouras de milho em germinação e as já emergidas têm apresentado população adequada de plantas. Todavia as temperaturas baixas retardam o desenvolvimento das mesmas.

No trigo, os tratamentos fitossanitários (aplicação de fungicidas) ficaram praticamente paralisados em função da alta umidade, que resultou em plantas molhadas por várias horas e propiciou o aparecimento de oídio, manchas foliares e pústulas de ferrugem. As lavouras em florescimento também ficam suscetíveis ao desenvolvimento da giberela nas espiguetas, mas até o momento não há ocorrência significativa de pragas. A cultura do trigo apresenta 36% das lavouras em floração e 24% em enchimento de grãos, percentuais esses próximos da média observada nos últimos anos.

A canola apresenta cerca de 70% das lavouras em fase de enchimento do grão, sendo que 7% já estão em maturação. As geadas devem ter pouco impacto negativo na cultura, já que esta apresenta maior sensibilidade a este estresse após o término da floração, sendo que produtores ainda esperam uma boa safra, já que a boa sanidade da cultura aponta para isso. A cultura se apresenta como alternativa aos produtores que estão em busca de cultivos em substituição ao trigo.

Bovinocultura de corte
O campo nativo sofre crestamento pelo número acentuado de geadas. A orientação para os pecuaristas é que continuem fornecendo sal proteinado em cochos cobertos, acompanhando o consumo e a oferta, visando manter equilibrado o funcionamento do rúmen dos bovinos. Algumas áreas estão dando pastejo, com menor quantidade e qualidade. As áreas divididas em piquetes estão em melhores condições. Os pecuaristas estão sendo orientados também a fazer rodízio de áreas, inserindo e retirando os animais por no máximo duas horas por dia; uma pela manhã e outra à tarde, a fim de evitar pisoteio, que comprometerá o futuro das pastagens, já que a ocorrência de muita chuva e alta umidade prejudica a entrada dos animais.

Pecuaristas que entouraram o rebanho no cedo, se preparam para o nascimento dos bezerros, exigindo vistorias diárias dos potreiros das vacas gestantes. O período de cobertura deverá começar a partir do mês de outubro, dependendo do estado corporal das matrizes, se estendendo até o fim da primavera.

Apicultura
Com a entrada da frente fria, observa-se a diminuição no forrageamento, porém já se observa as floradas de algumas espécies nativas, mas ainda é escasso o pólen. Técnicos da Emater/RS-Ascar recomendam o manejo de desbloqueio de ninho, para induzir a postura da rainha, bem como a alimentação energética líquida, que objetiva aumentar o movimento de operárias no alvado e com isso induzir a postura da rainha para obter um bom número de campeiras para o início da primavera. Também é recomendada a distribuição das caixas iscas, pois devido às condições climáticas pode haver florações precoces.

Fonte: Emater/RS