O Brasil possui atualmente 30 mil usinas solares em operação no sistema de energia distribuída, sendo 2,5 mil instaladas em Santa Catarina. Os dados foram apresentados nessa semana no Seminário Geração Distribuída de Energia Elétrica: Cenários e Oportunidades – Etapa Regional Chapecó, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Associação de Produtores de Energia de Santa Catarina (APESC) e Governo do Estado, por meio do Programa SC + Energia.

De acordo com o coordenador do Programa SC + Energia e presidente da APESC Gerson Pedro Berti, o Estado está em quarto lugar no País em geração distribuída de energia elétrica. “Santa Catarina demonstra que tem responsabilidade ambiental e a população entendeu a importância desse tipo de geração de energia elétrica”, enfatizou.

A geração distribuída foi regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2012, incentivando o uso de energias renováveis. “A maior aposta é a energia solar, com instalação de placas fotovoltaicas nos telhados das unidades consumidoras. Mas o Estado também produz muita biomassa, nossa topografia e recursos hídricos permitem a geração através de pequenas hidrelétricas e temos pontos de bons ventos que permitem a geração eólica”, frisou Berti.

O secretário de Desenvolvimento e Econômico e Sustentável do Estado de Santa Catarina, Adenilso Biasus ressaltou que SC investe forte em fontes renováveis de energia e salientou a importância da tecnologia para o crescimento do setor. “Novas fontes podem ser implementadas, como o lixo que pode ser transformado em energia renovável. O objetivo estratégico do Estado é investir nesse segmento porque atende o aspecto da sustentabilidade”.

Para incentivar o uso de energia solar a FIESC lançou o Programa Indústria Solar, com execução da Engie e WEG, financiamento pelo Cecred, BRDE e Badesc e parceria da Celesc. A segunda etapa do programa, lançada em fevereiro, foi apresentada pelo diretor de operações Engie Geração Solar Distribuída Rodrigo Kendi Kimura. Essa fase prevê a instalação de painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica nas micro e pequenas indústrias de Santa Catarina. Para participar, basta fazer o cadastro no site www.programaindustriasolar.com.br.

A primeira fase, lançada em novembro de 2017, recebeu mais de 1,3 mil inscrições em três meses e teve as ofertas de sistemas residenciais direcionadas exclusivamente aos cerca de 40 mil colaboradores das empresas e entidades participantes do programa.

COMO FUNCIONA A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Normalmente instalados nos telhados, os sistemas solares fotovoltaicos geram energia elétrica a partir da luz do sol e são a tecnologia mais disseminada no planeta para a microgeração distribuída de energia renovável. A energia solar oferece não apenas a vantagem de ter uma fonte limpa de energia como também economia na conta da luz. Além de suprir o consumo de energia da residência no momento em que é gerada, a legislação da Geração Distribuída (GD) permite que o consumidor deposite na rede o excedente da energia produzida pela sua microusina particular para ser transformado em créditos junto à concessionária de energia. Esses créditos possuem validade de cinco anos e são utilizados nos momentos em que a unidade estiver consumindo mais energia do que gerando, como dias de chuva ou à noite.

O vice-presidente Regional Oeste da FIESC Waldemar Schmitz ressaltou a importância do investimento em energias renováveis. “A inovação contribui para o crescimento desse setor e a FIESC apoia e promove iniciativas que vêm ao encontro desse objetivo. Temos empresas com conhecimento avançado na área e um grande potencial para manutenção e evolução desse mercado”.

O seminário contou também com explanação do representante da Abrapch, Marcelo Otte, sobre geração distribuída com geração hídrica; do diretor presidente da América Energia, Andrew Frank Storfer, sobre tendência de preços e energia elétrica e mercado de geração distribuída; e sobre eficiência energética como rota de fuga para a crise com o vice-presidente da Comerc Energia, Luiz Octavio Vilela de Andrade.

O gerente regional da região Oeste do BRDE Paulo César Antoniollo apresentou linhas de financiamento para geração distribuída e eficiência energética. O chefe do Centro de Negócios de Eficiência Energética da WEG Leandro Ávila da Silva falou sobre geração distribuída e eficiência energética e o coordenador do Programa SC + Energia e presidente da APESC Gerson Pedro Berti expôs as ações de iniciativa do Governo do Estado.

Foto legendaWaldemar Schmitz ressaltou a importância do investimento em energias renováveis

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional