País registrou casos recentemente na zona não livre

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) protocolou ofício no Ministério da Agricultura pedindo a retomada e execução do Plano Estratégico Brasil livre de Peste Suína Clássica (PSC).

A entidade entende que o combate e erradicação da doença na chamada Zona Não Livre (ZnL) é uma prioridade e as ações focam em elevar o status sanitário do país para livre da doença. Ainda há uma área ampla que não é livre da PSC e, por isso, a proposta inicial é atual de forma regionalizada. O projeto piloto deve ser feito em Alagoas, com a vacinação dos animais juntamente com a intensificação da vigilância, a capacitação para detecção precoce, o atendimento aos focos e a adequação do controle e fiscalização.

No documento a ABCS explica que a suinocultura brasileira tecnificada representa em torno de 1,93 milhão de matrizes e quase 20 mil suinocultores. Atualmente a zona livre do país está dividida em 2 áreas (bloco 1 – Santa Catarina e Rio Grande do Sul – bloco 2 – Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal), processo que priorizou as regiões de maior relevância para produção e exportação de suínos e seus produtos. Na zona livre o último caso foi em 1998. A zona não livre engloba os estados de Alagoas, Ceará e Piauí e teve casos em 2018, 2019 e em 2020.

“A entrada de PSC em algum estado que esteja localizado na ZL poderá impactar diretamente nas exportações e consequentemente no mercado interno”, explica a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtk.

O objetivo é que a iniciativa seja retomada ainda neste ano. A Peste Suína Clássica, uma doença causada por vírus e altamente contagiosa, que pode acarretar grandes prejuízos à produção de suínos no Brasil. Acomete suínos (Sus scrofa) domésticos, silvestres e asselvajados.

O vírus é encontrado em todas as secreções e excreções do animal infectado e pode ser transmitido pelas vias direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e oro-nasal. Fornecimento de restos alimentares contaminados aos suínos, sem tratamento térmico, é a forma de entrada mais comum da doença em países livres.

Fonte: Agrolink