O volume é 24,4% menor do que o mesmo período do ano passado quando as comercializações com outros países atingiu US$ 5,5 bilhões. Os números foram divulgados pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), no Boletim Cenários Ibá.

A maior queda é observada no principal produto, a celulose. A retração é de 29%. As vendas para o mercado externo totalizaram US$ 3,1 bilhões diante de US$ 4,4 no ano passado. Já as exportações de celulose em volume demonstraram avanço de 0,7% no período, somando 10,3 milhões de toneladas vendidas. A produção também cresceu mesmo com a pandemia. A alta foi de 5,1% entre janeiro e junho de 2020, com 10,3 milhões de toneladas.

No papel queda nas exportações de 6,9%, atingindo US$ 950 milhões. Em volume houve incremento de 2,0% na comercialização com outros países, chegando a 1,1 milhão de toneladas. Na produção destacaram-se o papel para fins sanitários (+5,1%), papelcartão (+1,4%) e papel para embalagem (+2,0%).  Já o volume de vendas domésticas foi de 2,4 milhões de toneladas.

Por fim os painéis de madeira também registraram queda de 8,8%, com US$ 124 milhões. Em volume foram 580 mil m3 exportados e as vendas domésticas somaram 2,8 milhões de m3 (-10,9).

A China seguiu como o principal destino da celulose, adquirindo US$ 1,4 bilhão do produto. A América Latina, por sua vez, é o destino com maior negociação para painéis de madeira (US$ 60 milhões) e papel (US$ 529 milhões).

O setor de árvores plantadas tem grande importância no agronegócio brasileiro, representando 8,2% das exportações. “É de suma importância na questão ambiental, devido à origem renovável e seu pós-uso reciclável e biodegradável, e passou a ser ainda mais reconhecida como essencial para o dia a dia neste período de pandemia. Um setor que conseguiu cuidar dos trabalhadores, manter empregos e renda, além de prosseguir com a fabricação da matéria-prima para itens indispensáveis”, afirmou Paulo Hartung, presidente da Ibá.

Fonte: CELULOSE ONLINE