O volume de soja a ser embarcado ao exterior pelos portos brasileiros em junho deve ser de 12,594 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Em relatório semanal divulgado na terça-feira, a entidade diz que a estimativa se baseia na programação de embarques para o mês. Até a semana passada, a expectativa era de 13,072 milhões de toneladas.

A perspectiva de exportação de farelo em junho diminuiu para 1,522 milhão de toneladas, ante 1,641 milhão de toneladas até a semana passada. A programação de embarques de milho diminuiu para 1,030 milhão de toneladas, contra 1,043 milhão de toneladas há uma semana.

A Anec prevê agora que as vendas externas do País no primeiro semestre totalizem 62,319 milhões de toneladas de soja, 2,796 milhões de toneladas de milho e 8,479 milhões de toneladas de farelo.

Na semana de 14 a 20 de junho, as exportações do Brasil somaram 3,027 milhões de toneladas de soja, 510.763 toneladas de farelo e 66.003 toneladas de milho. Para a semana de 21 a 27 de junho, estão previstos embarques de 3,069 milhões de toneladas de soja, 358.491 toneladas de farelo e 669.837 toneladas de milho.

Quanto às exportações de algodão, o volume embarcado na terceira semana de junho foi de 16.043 toneladas. Com isso, as exportações no mês chegam a 33.601 toneladas.

A Anec informou, ainda, que as atividades seguem normais nos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), São Luís/Itaqui (MA), São Francisco do Sul (SC), Vitória (ES), Itacoatiara (AM), Barcarena/Vila do Conde (PA), Santarém (PA), Imbituba (SC), Aratu (BA) e Santana (AP).

No comunicado, a associação destacou também que, como alguns países estão registrando uma segunda onda de infecções por Covid-19, a preocupação em relação às fontes de contaminação é “crescente”. “O cuidado com possíveis vetores da doença tem alertado os compradores chineses de produtos agrícolas e alimentícios, que passaram a exigir garantias sobre a sanidade das mercadorias importados pelo país”, disse a Anec. “Também os importadores de soja passaram a exigir do exportador a concordância com uma declaração garantindo não contaminação dos produtos enviados à China.”

A Anec destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA) atestam que não há evidências de que o vírus seja transmitido através de alimentos, mas os países produtores de grãos “tentam lidar com a nova medida”. Conforme adiantado pelo Broadcast Agro, a Anec vai enviar uma carta ao governo chinês com informações sobre a segurança das cargas de grãos exportadas pelo Brasil e as medidas adotadas na cadeia para evitar contaminação entre seres humanos com o novo coronavírus.

Fonte: Estadão Conteúdo