As exportações de soja do Brasil nas três primeiras semanas de março totalizaram 7,7 milhões de toneladas, de acordo com os números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) na segunda-feira (22). O volume evoluiu de forma considerável em relação à semana anterior, quando o acumulado chegava a pouco mais de 5 milhões.

O montante da oleaginosa brasileira já embarcada se aproxima do total embarcado em todo março de 2020 de 10,853 milhões de toneladas. A média diária embarcada nesta última semana foi de 507,9 mil toneladas, contra pouco mais de 493 mil de março do ano passado.

A melhora dos embarques de soja no Brasil tem se dado diante da combinação de uma melhor evolução da colheita e das condições de clima mais favoráveis para a logística nos principais pontos do país, permitindo um escoamento mais eficiente da safra. Na safra 2020/21, o que exige monitoramento agora é a conclusão da temporada no Rio Grande do Sul, onde a falta de chuvas agora preocupa.

“O mercado da soja nesta nova semana verá a colheita se encaminhando para a fase final em grande parte das regiões, restando apenas a safra gaúcha que é a que se planta mais tarde. E este se plantou ainda mais tarde devido à falta de chuvas no começo da temporada”, explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

Assim, o que ainda se observa são os produtores focados na entrega e no cumprimento de seus contratos firmados antecipadamente e grandes volumes do grão sendo levados para os portos.

“Há pouco fôlego para grandes negócios no curto prazo porque os compradores nos portos seguirão
com interesse em soja de junho em diante. Assim, há pouco interesse para o curto prazo e os vendedores que aparecerem terão intenção de
venda curta para fazer caixa. Desta forma, o mercado seguirá com fechamentos atrelados à demanda doméstica e pouco para o futuro”, diz Brandalizze.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com