As cotações da soja tiveram na quinta-feira (21.12) mais um dia de baixas generalizadas dos preços no mercado físico do interior brasileiro, acompanhando o viés observado na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram 0,13% no interior e 0,60% nos portos – os níveis mais baixos dos últimos 23 dias.
A T&F chama a atenção para o fato de que a oleaginosa não teve forças para manter as cotações mesmo com a alta de 0,44% do Dólar: “Como estamos recomendando, quanto mais você esperar, pior fica, a menos que possa segurar tudo até abril. E pensar que houve chance de a safra 2016/17 ser vendida a R$ 95,00/saca ou, a R$ 78,00/saca”.

“Constatamos que houve uma redução de 260 mil toneladas em relação à semana anterior, ficando em 1,07 milhão de toneladas, contra 1,33 MT da semana passada. Todos os portos reduziram o seu volume de embarque. No entanto, o fato de o Brasil estar embarcando soja neste período de agosto em diante já é uma grande conquista, porque é a janela típica da soja americana”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco.

FUNDAMENTOS

De acordo com a Consultoria AgResource, as precipitações intensas continuam sendo previstas para uma ampla região do Sul do Brasil e Norte da Argentina. No entanto, no Rio Grande do Sul, as chuvas deverão se concentrar sobre o norte do estado, com dificuldades na formação e chegada de novos índices pluviométricos para o extremo sul brasileiro.

“As regiões do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, e pequenas partes do sul do Mato Grosso e sudoeste de Goiás deverão presenciar totais de 80-120mm acumulados nos próximos 5 dias. Além do mais, todas as principais regiões sojicultoras do Brasil deverão ser regadas com chuvas de +25mm até o fim de dezembro, apenas com o Rio Grande do Sul sendo um ponto de preocupação. Na Argentina, o padrão mais molhado deve perdurar até o fim de 2017, trazendo a recuperação parcial dos níveis de umidade do solo”, completa a ARC.

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems