As cotações da soja tiveram na quinta-feira (25/01) mais um dia de perdas nos preços do mercado físico brasileiro, sem aparente influência do movimento da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram 0,56% nos portos e 0,38% no interior.

O analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, ressalta que ocorreu o que já vinha sendo alertado há dois dias – de que haveria um provável esgotamento das altas de todo o complexo (apontados nos respectivos gráficos): “Este esgotamento não ocorreu [na quarta-feira], mas ocorreu [nesta quinta-feira], de maneira bem clara”.

“Basicamente os vendedores estão cautelosos, porque os preços caíram e eles não aceitaram. Como os compradores não puderam apresentar preços melhores (por falta de cobertura em Chicago, que caiu, ou do dólar, que não teve sessão nesta quinta, pelo feriado em SP), o mercado permaneceu amorfo e com preços baixos”, completou Pacheco.

Fundamentos

De acordo com os mapas climáticos atualizados, divulgados pela Consultoria AgResource, as previsões trazem a confirmação do padrão climático estabelecido na América do Sul: Chuvas escassas na Argentina e no Sul do Brasil, juntamente com precipitações intensas e regulares sobre o Centro e Nordeste do Brasil, deve ser o cenário meteorológico para os próximos 15 dias.

“Os níveis de umidade do solo no Centro e Leste da Argentina já estão em níveis preocupantes, uma vez que a maioria da soja no país entra em estágios avançados de reprodução e a água disponível no solo é essencial para o bom desenvolvimento. O cenário é preocupante, a produtividade já está sendo reduzida nas províncias de Buenos Aires, La Pampa, Córdoba e Santa Fé. Chuvas eminentes são necessárias para reduzir a perda de água do solo, no entanto as projeções não são animadoras. O La Niña é presente na primeira metade de fevereiro com alto poder de interferência”, completa a ARC.

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems